Arouca: «Toda a gente tem que ‘dar ao chinelo’»
A caminho do primeiro terço do campeonato, o Arouca ainda não descolou dos últimos lugares da tabela classificativa. O próximo duelo, diante do Farense, é nova oportunidade para os lobos regressarem às vitórias na Liga, algo que não acontece desde a 1ª jornada em que derrotaram o Estoril, panorama agravado por cinco derrotas nas últimas cinco jornadas.
Nas vésperas da viagem para o Algarve, Daniel Ramos projetou o encontro da 10ª jornada, que terá lugar segunda-feira, em Faro.
O momento do Farense
«O Farense sabe jogar, tem um futebol objetivo e prático e que tira muito proveito do apoio da sua massa associativa. É uma equipa com qualidade e vertical, que procura ganhar cantos e livres e que nos vai obrigar a vestir o fato-macaco.»
Estratégia para Faro
«Vamos ter de lutar e de pôr em jogo a nossa qualidade. Temos de saber gerir muito bem a posse e os momentos do jogo e sofrer quando for preciso sofrer. Temos de estar muito concentrados e esperamos ser mais eficazes, porque tem faltado esta vertente à equipa. Há jogos importantes e que são momentos de viragem. O próximo jogo é o mais importante para o Arouca, precisamos de quebrar o ciclo e de voltar aos pontos, com uma vitória se possível.»
Força mental da equipa
«É na adversidade que temos de perceber quem somos e quem temos à nossa volta. Essa energia para nós é fundamental, tem a ver com forma de reagir de cada um de nós. Na adversidade é fácil encontrar-se desculpas e nós não nos vamos desculpar com nada. Temos é que fazer o nosso trabalho, empenharmo-nos durante a semana para responder no próximo jogo. A mensagem tem sido a de cada um e nós procurar melhorar em algum aspeto que melhore a equipa, seja físico, mental ou técnico, contribuir com algo que ajude a equipa, seja um jogador, um treinador, um diretor, um elemento do staff… Todos devem procurar melhorar alguma coisa no sentido de dar mais conforto e mais capacidade de resposta à equipa. É esta linha de pensamento que tenho reforçado nesta fase difícil. Temos de fazer tudo para que esta fase se inverta o mais rápido possível.»
Linhas mestras da equipa
«Neste momento estou a tentar estabilizar a equipa e a reduzir aspetos que possam interferir com a nossa qualidade de jogo e com a nossa prestação. Isto significa centrarmo-nos no essencial, simplificarmos o nosso jogo, tornar as coisas simples, mas bem feitas, e não o querer fazer coisas demasiado bonitas ou artísticas. A equipa ser mais sólida a defender enquanto bloco, aumentarmos os níveis de agressividade, procurarmos ser objetivos e assíduos na procura do golo e aumentarmos a eficácia. São linhas mestras de orientação da equipa. Toda a gente tem que ‘dar ao chinelo’. Toda a gente tem de trabalhar, sair do campo de cabeça levantada com a sensação de que deu o máximo. Se assim for, estaremos mais próximos dos resultados positivos. É isto que tem de acontecer no Arouca.
Eficácia da equipa
«São fases. Por exemplo, contra o Benfica se tivéssemos finalizado duas boas oportunidades – uma do Trezza, na primeira parte, e outra do Mújica, na segunda - a história do jogo teria sido outra. Quando se criam cinco, seis oportunidades, tem de se fazer um, dois, três golos. No início da época criávamos sete, oito oportunidades e estávamos a fazer golos. Nesta fase criamos as mesmas oportunidades e não estamos a conseguir. Isso não pode acontecer. Tem a ver com concentração, o momento da equipa, os níveis de confiança, o estado do terreno, os detalhes... Temos de trabalhar este extra nestas fases mais difíceis.»
Daniel Ramos tem novas contrariedades para a formação da equipa, já que os defesas Rafael Fernandes e Weverson juntam-se a Quaresma, Vitinho, João Valido e Michel no grupo de lesionados.