Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, admite que a proposta da Federação de avançar para uma tutela do Conselho de Arbitragem assumida por uma entidade externa «deve ser analisada», de forma que sejam conhecidos os moldes em que a mesma será concretizada. Para o líder da APAF, «tudo o que defender a independência da arbitragem é positivo». Luciano Gonçalves também alerta para que «este é um momento de abrir a discussão, de ouvir pessoas, de pensar o projeto», recusando «tudo o que seja feito à pressa». «Fui informado de que será constituída uma comissão de trabalho, estamos envolvidos nela, é algo embrionário e deverá merecer profundo estudo», promete, desconhecendo qual o modelo a seguir «se o inglês, se o alemão». «Relativamente à temporada ora finda e ao trabalho dos árbitros, Luciano Gonçalves reconhece «ter sido difícil, como sempre», embora coloque o trabalho dos árbitros a um bom nível. «Houve erros, como em todos os anos, mas houve mais decisões acertadas». Voltado à questão da independência da arbitragem através de um conselho fora da FPF, o presidente da APAF reduz tudo à necessidade de «fazer o melhor pelos árbitros e pela arbitragem». Uma certeza está, porém, na sua voz: «Não será responsável fazê-lo em dois meses». O que significa que, para a APAF, a novidade não será estreada na próxima época. De resto, remata, «este Conselho de Arbitragem foi eleito até 2024 e deve cumprir o seu mandato».