Angelino Ferreira, candidato a liderar o Conselho Fiscal, acompanhou André Villas-Boas durante a visita à casa do FC Porto, em Espinho. E falou aos portistas que estiveram presentes sobre alguns temas. Elogios para Pereira da Costa: «Caberá ao nosso CFO [José Pereira da Costa], uma pessoa altamente competente, ficar a cargo da situação financeira. Uma pessoa competente para assegurar essa área. Vamos avançando na campanha e, relativamente ao estado do FC Porto do ponto de vista, começa a ser importante perceber quais as soluções para resolver o problema. O clube está numa situação preocupante, há que assumi-lo. Na SAD é onde está toda a atividade do clube. Todo o futebol, seja profissional, seja de formação, está concentrado na SAD. Se a SAD estiver gripada, começa a contaminar o clube a todas as sociedades à sua volta. O futebol é um negócio, avançou para uma etapa diferente. Vivemos com paixão o clube, mas trata-se, também, de um negócio. Há um desequilíbrio entre custos e receitas, é o problema económico. Financeiramente, o problema são as dívidas. Feito este diagnóstico, temos de pensar no que fazer para reverter.» As receitas: «Temos de ajustar os custos para o nível de receitas. O patamar de receitas é bom e o FC Porto é o segundo clube em Portugal que apresenta proveitos mais elevados. Temos de ajustar os custos para o patamar onde podemos e onde temos de estar. Assim, poderemos resolver o tal problema económico. Temos a equipa de futebol, com os ativos que temos – passes de jogadores e valor que temos -, a marca FC Porto, que é fortíssima. A formação, onde vamos detetar os talentos. É aí que vamos ter de trabalhar. Sempre dentro de uma gestão de custos apertada, no sentido de não resvalar.» Financiamento: «Não é com mais financiamento, como algumas listas propõem fazer, que se resolve o problema. Haverá um conjunto de organismos que terão de ser pagos. Resolvido o problema económico e financeiro é que podemos encontrar o tal caminho da sustentabilidade financeira. Temos de encontrar um rumo, um caminho que nos permita encarar o futuro com equipas competitivas, mas dentro da sustentabilidade financeira. Caso contrário, podemos encontrar no futuro situações como as atuais. Mas é para isso que estamos cá, seremos capazes de reverter a situação.»