Arouca-Boavista, 2-1 Alcateia unida nunca deixa Cristo ser pregado na cruz (crónica)
Avançado espanhol foi o azarado da tarde: dois penáltis falhados!; equipa ‘ofereceu-lhe’ a vitória; panteras com reação muito digna
Uma verdadeira alcateia é assim: nunca deixa os seus para trás. Os lobos fizeram jus ao lema e agarraram Cristo González quando este mais precisou. Afinal, não é (nada) normal um jogador falhar dois penáltis no mesmo jogo. Mas aconteceu com o espanhol. Aos 25 minutos, e ainda com o nulo a imperar, o avançado foi chamado à marca dos 11 metros – após mão de Rodrigo Abascal na sequência de um pontapé de canto cobrado por David Simão -, mas viu o poste esquerdo da baliza negar-lhe o golo.
A batalha com os ferros foi reeditada já em período de compensação da primeira parte – após mão de Pedro Malheiro -, mas Cristo González estava mesmo em tarde não e viu a barra voltar a impedir-lhe os festejos.
Mas apesar do infortúnio, os arouquenses também tiveram motivos para sorrir. Rafa Mújica aproveitou um corte incompleto de Sasso para picar o ponto e Weverson deu o melhor seguimento a um passe soberbo de… Cristo González para assinar o 2-0. Seba Pérez, que tinha desperdiçado a situação mais flagrante de golo do Boavista na primeira parte, acabou por ser expulso ainda antes do intervalo e todos os indicadores davam conta de um resto de partida tranquilo para os da casa.
Mas não foi assim. Logo a abrir a etapa complementar, Robson, infeliz, fez autogolo, depois de um cabeceamento de Bozenik, e relançou o jogo. As panteras, mesmo reduzidas a 10, iam fazendo pela vida, numa reação de enorme dignidade, mas o foco voltou a ser… Cristo González.
O camisola 23 lá conseguiu marcar, mas o golo foi anulado por mão de Rafa Mújica no momento da assistência. Não havia volta a dar…
Os intentos axadrezados não passaram da teoria e o Arouca aproveitou para encostar ao Moreirense no 6.º lugar. A união da alcateia não deixou que Cristo fosse pregado na cruz…