Abel Ferreira está com o Palmeiras na quinta final consecutiva do Paulistão, e depois de ter conquistado as duas anteriores, uma terceira igualaria um feito dos anos 30 do século XX.O treinador português fez antevisão ao jogo ao lado do treinador adversário Fábio Carille, do Santos, e disse que procura sempre elementos novos para estimular os jogadores, ao mesmo tempo que tem o atrativo de conquistar o décimo título pelo clube.«Os meus jogadores sabem que renuncio a muitas coisas para estar aqui com eles, e não dá para ficar aqui sem ser para ganhar títulos. Eu não ia aguentar, eles sabem disso. Quando me levanto da cama, como treinador, a minha missão é desafiá-los e valorizar o trabalho deles. Passamos horas no CT (centro de treinos) para estarmos nas finais. Esta competição é muito difícil. É difícil chegar às finais de forma consistente. Vocês exaltam as vitórias, mas mesmo nas derrotas sabemos o que fizemos. Mesmo nos momentos em que as coisas não acontecem da forma como queremos, nós lutamos e queremos. Se eu chegasse no fim do ano e não ganhasse um título, não estaria aqui», comentou. «Gosto muito do Brasil, o país do futebol. Os jogadores são a minha família. Estou aqui, faço renúncias, e dou tudo por eles. Eles dão tudo por nós. Não prometo títulos, prometo uma equipa competitiva que luta para chegar e vencer. O difícil não é ganhar, é ganhar de forma consistente», sublinhou. «Quando era pequeno ouvia falar mais do Santos do que do Palmeiras, vocês sabem porquê, pelo Pelé», sublinhou ainda.Num momento mais descontraído, o treinador português afirmou que num jogo entre as duas equipas fase de grupos do Paulistão ficou impressionado com o médio Diego Pituca, também presente na conferência de imprensa. O treinador do Santos interveio de imediato: « Não o vai levar, não. Pode deixar aqui.»A primeira mão da final é este domingo, na Vila Belmiro, sai 7 a segunda mão no Allianz Parque.