O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, recebeu na tarde desta segunda-feira os jogadores e comitiva do Benfica, que se sagraram sábado campeões nacionais de futebol 2022/23, pela 38.ª vez na história do clube, em tributo ao feito e, em nome da edilidade, agradeceu aos encarnados a proeza, celebrada na praça dos Paços do Concelho por milhares de adeptos do clube, que festejaram enquanto esperavam os seus ídolos na varanda da autarquia, para a apoteose, com os jogadores a mostrarem o troféu relativo à conquista da Liga. No Salão Nobre, Carlos Moedas prestou homenagem e agradeceu ao Benfica num discurso inflamado, particularizando no clube, em Rui Costa, Roger Schmidt e nos jogadores, com uma curiosa e valiosa viagem ao passado e à fundação do clube. «Hoje é um dia de glória, dia de festejar, mais do que para falar. Vou tentar fazer 15 minutos à Benfica. É um profundo orgulho como presidente da Câmara, mas nunca se esqueçam que ninguém é campeão sozinho. Os outros clubes também lutaram, deram corpo à sã rivalidade. Saúdo todos os clubes de Lisboa, que contribuíram para um grande campeonato. É obra, pela 38.ª vez, o Benfica ter alcançado a glória! Parabéns, Benfica, o campeão é da cidade de Lisboa», começou Carlos Moedas, que, num discurso inflamado, prestou tributo a Rui Costa. «Rui Costa tem uma capacidade única de nos transmitir paixão. Mas sobretudo é um homem simples: olhamos para os olhos dele e vemos um coração! E é um homem simples e humilde. É a simplicidade dos grandes líderes: esteve sempre ao lado dos jogadores como se fosse um deles. O desporto deve-lhe muito, o Benfica deve-lhe muito, Lisboa deve-lhe muito. Obrigado, Rui!», afirmou o edil lisboeta, com o presidente encarnado a seu lado. «Uma palavra ao treinador, Roger Schmidt: só o senhor sabe o quanto custou, todos os dias, no aspeto físico e emocional: é um homem espantoso, e deu tudo! O meu pai contava-me que o Manuel Goulart, em 1904, primeiro treinador do Benfica, pagava as bolas do seu bolso e comprava livros do seu bolso e os mandava vir de Londres, para ensinar melhor o jogo. Ser treinador é verdadeiramente dar tudo! Obrigado, treinador», enalteceu Carlos Moedas, que deixou os ídolos do relvado para último… mas nem por isso menos importante, antes pelo contrário. «Uma palavra para os jogadores, os nossos campeões: deram tudo, a vossa vida, juventude, os vossos momentos em família, em prol do desporto! Não sabem o que é o sacrifício, o dar tudo na vida: é o que fazem e o que vos agradecemos. É uma equipa que aguenta, que sonha, que acredita, que nunca perde a esperança! Vocês representam a esperança de acreditar que é possível. Uma equipa onde um jogador vê o outro como um irmão! A vossa força é a diferença! E a diferença é o nosso maior ativo», resumiu Carlos Moedas… que particularizou elogios. «Não esqueço o António Silva e a liderança do Otamendi, a irreverência do João Neves, a superação do Musa, a experiência do Aursnes e do João Mário, a pólvora do Guedes, do Rafa e do [Ramos], a segurança do Vlachodimos! Dão tudo pelo nosso Benfica», foram alguns dos exemplos deixados. «Dizem que ‘o Benfica é uma nação’! Pois hoje é uma cidade também: o Benfica é Lisboa, está no seu nome. A história do Benfica é a história da nossa cidade. Foi na farmácia Franco que o Cosme Damião reuniu 24 pessoas para se tornarem fundadores do SL Benfica! Essas são as vossas raízes. Este ano tiveram o símbolo de Lisboa, com a nossa ponte sobre o Tejo, e o elétrico da Carris, e esses são os símbolos que levam aos quatro cantos do Mundo, a bandeira da cidade, como verdadeiros embaixadores. Nunca se esqueçam que o vosso nome é também o de uma grande cidade, que hoje vos saúda e glorifica! Viva Lisboa, viva o Benfica», concluiu Carlos Moedas.