- Depois de uma exibição e vitória inquestionável sobre o SC Braga, poderá haver algum deslumbramento contra o Moreirense?«Não, não. Muito pelo contrário. Penso que este jogo e esta vitória contra o SC Braga, só nos pode trazer responsabilidade. E essa mesma responsabilidade é também a forma como o grupo tem vindo a trabalhar, ou seja, esta semana de trabalho foi mais uma muito positiva, em que todos os atletas tiveram uma aplicação excelente e quando assim é, vemos que realmente eles estão envolvidos nessa ambição e que estão concentrados no seu trabalho. É claro que percebemos que podemos e que vamos fazer tudo para que tenhamos um jogo positivo, agora em Moreira de Cónegos.» - Como avalia esta equipa do Moreirense?«É extremamente difícil. Eu já referi ao grupo que esta é talvez a equipa que nós melhor conhecemos, por várias razões. Porque era um clube que estava, tal como nós, na segunda liga na época passada, as suas alterações ao nível de plantel e da equipa não são substanciais e, portanto, conhecemos quer individualmente, quer coletivamente e sabemos o valor que ela tem: é uma excelente equipa. Teremos que estar muito bem preparados e estar muito focados. Para quê? Para anularmos as boas unidades que este Moreirense tem e tentarmos impor muitas vezes aquilo que nós pretendemos, ou seja a nossa filosofia de jogo, aquilo que nós temos trabalhado e evidenciado ao longo destas semanas. Portanto, vai ser um jogo extremamente difícil - como todos os outros - com um adversário que tem realmente qualidade.» - Artur Jorge correspondeu contra o SC Braga, agora regressa Zach Muscat, após castigo. Vai ter saudáveis dores de cabeça, quando tiver que escolher quem vai jogar...«Não falo das individualidades. Acho que nós temos de ser um conjunto de indivíduos e de jogadores que estarão sempre preparados para dar o seu melhor. Quer seja aqui no Farense ou noutro clube qualquer, todos os jogadores querem dar o seu máximo, querem estar presentes e jogar e nesse aspeto quem ganha é o grupo porque, com certeza, todos estarão preparados para dar o seu melhor. É isso que se tem verificado, o grupo de trabalho tem estado excelente a todos os níveis nos seus comportamentos e nas suas obrigações, lutando todos eles por um objetivo que é o estarem o melhor possível, para depois o técnico decidir. Para mim o mais importante é que o grupo esteja muito concentrado, que perceba as características deste adversário e que saibamos que todos juntos somos poucos, para levar de vencida - não só este adversário - como este campeonato, que é extremamente difícil. O que eu sei é que este grupo tem tido uma aplicação a todos os níveis em todos os jogos, quer nos que ganhámos, quer nos que perdemos. Estou muito satisfeito com o trabalho, a postura e a forma como todos os jogadores se têm preparado para dar o seu melhor, jogo a jogo.» - Em casa, nos dois últimos jogos, o Farense esteve próximo da perfeição, como caracterizou. O que falta para a equipa estar nesse patamar de qualidade, nos jogos fora?«Nós sabemos que em casa há sempre esse fator importante. Aqui no São Luís é sempre mais importante, porque realmente o nosso público ajuda-nos. Os nossos jogadores sentem-se acarinhados no São Luís, porque o nosso público, realmente, nos ajuda a sermos mais fortes e nós queremos transportar isso para fora, queremos que sejamos uma equipa também desinibida. E temos tido bons comportamentos em termos de qualidade de jogo e concentração, mas é verdade que não temos conseguido pontos. Nos dois últimos jogos fora que tivemos, com o FC Porto e com o Famalicão, penso que poderíamos e deveríamos ter conquistado pontos, não conseguimos, mas sinto a equipa preparada para a qualquer momento conseguir pontos e uma vitória. Espero que seja já neste jogo com o Moreirense, porque temos trabalhado bem e temo-nos preocupado muito em melhorarmos as nossas condições, quer em termos físicos, táticos ou mentais. Temos feito todos um esforço muito grande para que possamos conseguir bons resultados e ter fora esse mesmo propósito de vencer e conseguir os três pontos. A equipa tem trabalhado muito para se aproximar, quer em casa quer fora, daquilo que pretendemos.»
