A intuição de Varandas na contratação de Amorim

Presidente do Sporting diz que após primeira reunião com o treinador não teve dúvidas; decisão tomada no elevador (mesmo sabendo que custaria €10 milhões)

Frederico Varandas contou, no programa da SIC, Alta Definição, conduzido por Daniel Oliveira, como foi decidida a contratação de Rúben Amorim.

Foi desaconselhado a avançar para a contratação de Amorim?
«Fui e ainda bem que fui. Foi uma decisão marcante. Teve muito a ter com a intuição mas também com a parte racional. Lembro-me do primeiro jogo dele [SC Braga]. Acabei o jogo e fiquei preocupado, foi o primeiro sentimento que tive. Fui falar com o Viana. Entendemo-nos muito bem. Senti que as coisas não estavam bem também em virtude da questão financeira. Quando não há dinheiro, não há dinheiro. Tínhamos de começar com calma. Quando começamos a ver a fase de evolução do Rúben, perguntei ao Viana se dava para falar com ele. O Viana começa-se a rir. O Rúben tinha uma cláusula de 10 milhões de euros...», começou por contar.

«Eu e o Viana fomos ao Norte. O que é que eu senti? Primeiro, a parte racional. Depois, a parte intuitiva que sinto que é louca, mas o acreditar que o Rúben tem no olhar. Fechámos a porta, entrámos no elevador, o Viana olha para mim, ri-se e diz '10 milhões é muito dinheiro'. E eu: 'Viana, qual é o melhor treinador para o Sporting? Eu não tenho dúvidas, tu tens?'. A única pessoa que estava alinhada comigo era mesmo ele. Ele nunca quis sequer sugerir outra coisa. Se calhar já devia ter ido buscar o Rúben há mais tempo. Depois, havia a questão do dinheiro. Disse ao Viana que a decisão estava tomada lá em baixo, depois de sairmos do elevador, acho que descemos quatro andares», concluiu.