A importância de Trubin, a necessidade de defender, as dificuldades de Morato e Carreras, tudo o que disse Roger Schmidt
Treinador admite que o Benfica precisou de sofrer para continuar na Liga Europa
— Qual o comentário ao empate que permite a passagem aos oitavos de final da Liga Europa?
— Foi um jogo típico de segunda mão, de eliminação, na Liga Europa, decisivo para as duas equipas. Estivemos bem na primeira parte, tivemos duas/três oportunidades para marcar o primeiro golo, era esse o nosso objetivo, mas desperdiçámos as ocasiões. Também na primeira parte o Toulouse mostrou que intenção tinha e na segunda arriscou mais, submeteu-nos a pressão, tivemos de defender em muitos momentos, na área, à entrada da área, bolas paradas, bolas longas. Precisámos de um guarda-redes muito bom. Na segunda parte tentámos, também, encontrar os nossos momentos em transição. Não marcámos e, por isso, tivemos de lutar até ao fim, defender muito bem. Fizemos isso. Foi um jogo difícil, duro e estamos felizes por ter passado aos oitavos de final. O Toulouse foi um adversário difícil.
— Uma equipa como o Benfica, com ambições europeias, não tem de mostrar mais do que mostrou contra uma equipa como o Toulouse?
— Para ser honesto, respeito muito o Toulouse, porque mostraram, especialmente nos jogos europeus, que são um adversário contra o qual é difícil jogar. Já o tinham mostrado na fase de grupos. Não espero que o Benfica percorra a Europa e ganhe facilmente jogos. É sempre uma trabalho difícil. Há diferentes tarefas no futebol, hoje, depois de perdermos algumas oportunidades na primeira parte, a nossa tarefa era defender muito bem e trabalhar duro e lutar. Isso também faz parte do futebol. Não é apenas sobre tática ou beleza do jogo, às vezes o futebol é assim: lutar, ter o espírito certo e, no fim, ter sucesso. Foi o que fizemos.
— Benfica está com problemas na lateral-esquerda?
— Tanto Morato como Álvaro Carreras já jogaram bem nessa posição, hoje sentiram problemas, claro que também depende do adversário. Quando o adversário joga com extremos e laterais-ofensivos podem criar situações de dois contra um, às vezes também poderíamos ter ajudado mais os nossos laterais. Tivemos de resolver muitos problemas no nosso último terço defensivo. Faz parte, especialmente quando o adversário corre muitos riscos.