Eis o que a mudança no formato da qualificação africana pode proporcionar. A seleção de Comores recebeu e venceu a República Centro Africana por 4-2, em partida do grupo I do apuramento africano para o Mundial 2026, e a vitória foi amplamente festejada. O momento das celebrações foi partilhado nas redes sociais por Ben Boina, guarda-redes comoriano que atua no Epinal, da terceira divisão francesa. «Vou entrar em estado de loucura outra vez, antes de bascular em modo-foco para o jogo com o Gana. Ahmed Mogni com o vídeo, se estiverem à procura do assassino de tapou o som com os dedos.» O Mundial 2026 contará com a presença de 48 seleções, ao contrário das 32 de 2022, no Catar. Assim, as vagas para as seleções da Confederação Africana de Futebol também foram ampliadas, passando de 5 para 9, o que levou a uma mudança de formato da fase de qualificação. Para o Mundial 2022, havia três pré-eliminatórias e, por esse motivo, seleções de menor expressão como, precisamente, Comores, dificilmente estariam na fase de grupos, pois teriam sido eliminadas anteriormente. No formato usado para o Mundial 2026, as equipas são sorteadas em nove grupos de seis e o vencedor de cada um qualifica-se diretamente para a competição. Os quatro melhores segundos jogarão um play-off. Assim, foi possível a seleções menos poderosas estarem presentes na fase de grupos. A caminhada não é fácil, uma vez que Mali e Gana serão adversários complicados, contudo, a mudança de formato permitiu que seleções como Comores, país com menos de 1 milhão de habitantes, compitam e ousem sonhar com o apuramento para o Mundial-2026.
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