Aves SAD-FC Porto, 0-5 A análise de Duarte Gomes à arbitragem
Trabalho competente da equipa de arbitragem lisboeta
O internacional Miguel Nogueira, da AF Lisboa, viajou até ao norte do país (Vila das Aves), para dirigir o Aves SAD-FC Porto. A liderar a equipa de videoarbitragem, a partir da Cidade do Futebol em Oeiras, esteve o experiente árbitro portuense Rui Costa (VAR).
Miguel Nogueira, jovem de apenas 30 anos de idade (e militar de carreira), esteve tranquilo e discreto, num jogo que pela evolução do resultado, acabou por não lhe criar grandes dificuldades. A verdade é que o árbitro lisboeta (natural de Braga) teve muito mérito na forma como geriu as incidências do jogo. Foi respeitado e fez-se respeitar, o que é sempre digno de registo.
Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:
13' Remate perigoso de Pepê à barra da baliza de Ochoa. Se a bola tivesse entrado, o mais certo era o golo ser anulado por fora de jogo anterior de Samu: o atacante espanhol esticou a perna na tentativa de jogar a bola, sendo que essa ação teve impacto claro na forma com o guarda-redes mexicano terá atrasado a sua movimentação.
15’ Lance bem avaliado na área da equipa visitada: Devenish encostou o corpo nas costas de Samu ao efetuar a chamada marcação em cima. O contacto existiu, foi ligeiro e dentro da legalidade. Dentro daquilo que se espera ser um toque normal entre adversários que têm o mesmo objetivo. Não houve motivo para que fosse assinalado pontapé de penálti favorável ao FC Porto.
22' O FC Porto inaugurou o marcador por intermédio de Nico González, a passe de Fábio Vieira. Lance sem qualquer irregularidade.
27’ Danny Namaso perdeu o tempo de entrada à bola, acabando por pisar o calcanhar de Gonçalo Assunção, que chegou primeiro à dividida. O lance acabou por ser algo duro, mas sem malícia ou intenção. Aceita-se a interpretação de que houve apenas imprudência. Bem o árbitro.
32' Martim Fernandes cruzou para Samu fazer o seu primeiro golo na partida, o segundo do FC Porto.
38' Os meus protagonistas a repetirem a eficácia que tiveram seis minutos antes: Martim Fernandes passou, Samu marcou. Golo bem validado, o terceiro da equipa forasteira.
41’ Gustavo Assunção colidiu ostensivamente com Pepê, não demonstrando qualquer interesse ou intenção em tocar/jogar a bola. A ação do jogador brasileiro foi manifestamente antidesportiva e bem sancionada com cartão amarelo. Decisão correta de Miguel Nogueira.
45+1’ Quando a bola foi inicialmente passada para Pepê (no lance do quarto golo, marcado novamente por Samu), o avançado brasileiro estava em posição regular, ligeiramente atrás de pelo menos dois jogadores adversários. Excelente avaliação in loco do árbitro assistente. Lance legal.
66’ Jaume fez carrinho deslizante para a bola, mas a sua abordagem foi algo acima do expetável, acabando na sequência por atingir as pernas de Martim Fernandes. Mais uma vez foi correta a decisão da equipa de arbitragem: o jogador avense tinha que ser, como foi, bem sancionado com advertência.
73’ Alan Varela não foi mais rápido do que Jaume, acabando por pisar o pé do adversário na sequência de entrada fora de tempo. A infração do médio argentino foi notoriamente negligente e bem punida com cartão amarelo. Nova decisão acertada do juiz lisboeta.
88' O quinto golo dos azuis e brancos, da autoria de Rodrigo Moura, foi bem validado. Houve a dúvida inicial se João Mário estaria ou não em posição irregular, mas a tecnologia confirmou a decisão tomada em campo. Tudo certo, lance bem validado.