2023 tem sido de jejum para Ricardo Horta

SC Braga 2023 tem sido de jejum para Ricardo Horta

NACIONAL09.03.202310:34

Nada de preocupante, ainda que seja, talvez, aquilo que mais tem faltado ao atual SC Braga. Não se trata de ausência de qualidade, força, talento ou mesmo de resultados. São apenas os golos de Ricardo Horta. E já lá vão quase dois meses, pois desde 5 de janeiro, data do bis em Ponta Delgada, na 15.ª jornada da Liga, que o atacante arsenalista tem estado em branco nesse exclusivo capítulo.

Tal registo, que de penalizador nada apresenta, remete, curiosamente, para o sucedido na época passada, que também ficou marcada por um jejum que durou mais de um mês, entre a 26.ª e a 30.ª rondas do campeonato (pouco mais de um mês em termos da competição), então, sem lograr marcar em nove desafios oficiais: aqueles cinco da Liga e quatro na Liga Europa.

Voltando à temporada em curso, os números apontam para oito partidas sem fazer golos.

E tudo isto, convém recordar, na sequência de duas exibições de gala, nas quais bisou frente ao Benfica (14.ª jornada), primeiro, e, dias mais tarde, diante do Santa Clara (15.ª). Há, porém, um pormenor a não desprezar nesta análise meramente circunstancial: Ricardo Horta foi obrigado a parar por algum tempo nos dois primeiros meses do ano devido a lesão, tendo então falhado os jogos com Paços de Ferreira, Sporting, Famalicão e Marítimo, todos referentes à Liga, ainda que pelo meio tenha cumprido 53 minutos do desafio com o Benfica para os quartos de final da Taça de Portugal, ajudando a garantir presença na meia-final a disputar com o Nacional, em duas mãos, a partir de 26 de abril.

De resto, se por um lado esta redução nos hábitos de faturação do jogador almadense constitui motivo para qualquer estado de alerta, logo o dito cai por terra quando da inventariação dos seus serviços prestados até ao momento, que nunca poderiam, obviamente, substituir os dos finalizadores como Banza (11) e Abel Ruiz (8). Mau grado os intervalos atrás referidos, Ricardo Horta não fica sequer atrás do colega francês, uma vez que também já soma 11 remates certeiros (oito na Liga, um na Taça de Portugal e dois na Liga Europa). O que é altamente meritório e não foge aos dados históricos que o capitão dos guerreiros apresenta. Em sete épocas com a camisola arsenalista, incluindo esta, o mais velho dos manos Horta só em 2016/2017 ficou aquém da dezena de tentos (9).