Num ano de fases finais de grandes competições para seleções na Europa e na América do Sul, além das habituais provas de clubes nos dois continentes, sempre os mais destacados no que ao futebol diz respeito, sublinha-se a afirmação de Espanha e Argentina como equipas mais tituladas, desempatando respetivamente com Alemanha e Uruguai. Na Champions, mesmo apresentando mais uma vez um futebol menos expressivo em alguns momentos e com os guarda-redes, Lunin e Courtois, em evidência, o Real Madrid continua a provar que nunca o podem deixar de lado nas apostas. Já em Buenos Aires, no Monumental, foi coroado um português, Artur Jorge, e o estreante Botafogo, o que realça o mérito do técnico. O Manchester City, por sua vez, acaba um belo ano em desilusão. Espanha: a 'Roja', senhora da Europa outra vez O Olympiastadion de Berlim viu, a 14 de julho, a Espanha chegar ao 4.º título e tornar-se a grande dominadora no Velho Continente, agora com mais um troféu do que a Alemanha. Longe do favoritismo de há 12 anos, a Roja de Luis de la Fuente contou com a irreverência de Nico Williams e Lamine Yamal, e a solidez de Rodri. Argentina: alguém pára 'La Scaloneta'? Liderada por Scaloni e Messi, a seleção das Pampas atravessa um dos melhores momentos da sua história, confirmando, com a conquista de nova Copa América - a 16.ª e 2.ª consecutiva, afastando-se do Uruguai (15) - e a liderança no apuramento sul-americano para o Mundial e do ranking FIFA, uma saúde invejável. Bayer Leverkusen: 'Neverkusen' nunca mais, graças a Xabi Chamavam-lhe Noiva Eterna e Neverkusen por falhar nos momentos decisivos a conquista de títulos, mas um jovem espanhol, também sem troféus no currículo enquanto técnico, soube montar uma equipa entusiasmante capaz de ir até ao fim. Conquistou liga e taça, faltou-lhe a Liga Europa para uma época perfeita. Bolonha: quem arrisca vai à Liga dos Campeões Sete vezes campeão italiano, a última em 1964, os Rossoblù apuraram-se para a atual edição da Liga dos Campeões, 22 anos depois de participarem na... Intertoto. Com um grupo jovem e irreverente, Thiago Motta montou uma equipa de posse e que gostava de assumir riscos. Fartou-se de ganhar jogos e saiu para a Juventus. Real Madrid: a 15.ª Champions, um domínio avassalador A Liga dos Campeões foi feita à medida do gigante, sempre pronto a atacar mais uma. O Santiago Bernabéu é talismã, Carlo Ancelotti ganhador nato e o segundo mais titulado, o Milan, tem menos de metade dos troféus. Os 'merengues' ganharam ainda La Liga, Intercontinental, Supertaça Europeia e Supertaça de Espanha. Botafogo: Artur Jorge chegou, viu e venceu O treinador português tem-se assumido determinante para o sucesso dos clubes brasileiros interna e externamente. Foi assim antes com Jesus no Flamengo e Abel no Palmeiras, e agora Artur Jorge levou o 'Estrela Solitária' à conquista da primeira Libertadores e do terceiro campeonato brasileiro, que não vencia desde 1995. Inter: Simone Inzaghi, estratégia e arte Campeão italiano e vencedor da Supertaça em 2023/24. Visto assim até parece pouco para uma das equipas mais bem trabalhadas e competitivas da Europa, com Simone Inzaghi a trazer para os relvados um modelo cheio de dinâmicas ofensivas e defensivas. Um projeto longe de estar esgotado e que promete mais títulos. Atalanta: obra de um verdadeiro génio Com o 7.º lugar de 2017/18 e o 8.º 2021/22 a fugirem à regra do top 5, e ainda com três terceiros lugares já conseguidos na Serie A, a Atalanta do velho mestre Pier Luigi Gasperini conquistou em 2024 o seu primeiro grande troféu em 61 anos, a Liga Europa, depois da Taça de 1962/63. Um tratado de bom e irreverente futebol. Manchester City: fazer história antes de sucumbir à história O ano acaba mal, mas o quarto título consecutivo de campeão, a que os Citizens juntaram ainda Mundial de Clubes e Supertaça Europeia, é o novo recorde a bater em Inglaterra. Nada fazia prever os resultados negativos, também históricos para o próprio Pep Guardiola, na presente temporada. Estugarda: o gigante que volta a acordar O histórico Estugarda (cinco campeonatos, três taças e uma supertaça) sagrou-se vice-campeão alemão na última época, à frente do Bayern. Foi o melhor resultado desde 2006/07, quando conquistou o título sob o comando de Armin Veh. Agora, com Sebastian Hoeness ao leme, ganhou direito a participar na Liga dos Campeões.