Pedro Gonçalves já secou as lágrimas e, sem tempo a perder, não falha um dia na Academia Cristiano Ronaldo no tratamento à lesão muscular que contraiu na coxa direita, no lance do golo que marcou à Atalanta em Itália, no passado dia 14. Sempre a abrir para voltar o mais rápido possível, a esperança de marcar presença em pelo menos um dos dérbis com o Benfica não caiu ainda por terra. E é nisso que o avançado de 25 anos está apostado. Na passada semana, aproveitando a paragem competitiva para os jogos das seleções nacionais, Rúben Amorim concedeu três dias de folga aos jogadores que não foram chamados pelas equipas nacionais dos seus países mas Pedro Gonçalves não descansou, esteve sempre empenhado na recuperação que foi estimada até quatro semanas, o que o afastava de imediato dos jogo com o Benfica, para a Taça de Portugal (já com data oficial e definitiva para dia 2 de abril) e para o campeonato (também já marcado para dia 6 do próximo mês). Com regresso previsto para o jogo com o Gil Vicente, da 29.ª jornada, dia 12 em Barcelos, Pedro Gonçalves viu Rúben Amorim abri janela de esperança... «O Pote tem uma lesão muscular e não sei o tempo de paragem. Poderá falhar os dérbis, poderá falhar só um ou nenhum. Por agora está fora», disse o treinador do Sporting na conferência de imprensa antes do encontro com o Boavista, depois de na noite da partida de Bérgamo ter traçado um cenário preocupante: «Pedro Gonçalves, em princípio, tem uma lesão muscular, como está com dores até a andar não deve ser uma coisa pequena. É recuperar, ainda vai a tempo de nos ajudar.» E vai mesmo a tempo de ajudar a equipa leonina, agora com esforço extra, sem comprometer a condição física, naturalmente, mas com a intenção de pelo menos num desses dérbis a camisola 8 dos verdes e brancos possa ser vista em campo no corpo de um jogador fundamental na na manobra da equipa de Rúben Amorim, preferencialmente a jogar a partir do lado esquerdo do do trio de ataque mas sempre pronto para recuar no terreno para ajudar no meio-campo, nas ausências de algum dos elementos titulares no miolo, Hjulmand ou Morita. Os jogos esta época Esta temporada, Pedro Gonçalves participou em 40 dos 43 jogos dos leões, distribuídos pelas quatro competições em que iniciaram a temporada: campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa. Titular em 36 partidas - só não jogou de início com Sturm Graz (tanto no 2-1 da Áustria, em que entrou aos 62’, como no 3-0 em Alvalade, aos 75’), Farense (entrou aos 55’ no 4-2 da Taça da Liga) e Young Boys (27 minutos em campo no 1-1 de Alvalade na Liga Europa); suplente não utilizado com o Dumiense (8-0) -, foi gerido dentro da política de rotatividade promovida por Amorim nos jogos que não da Liga. E agora passa o máximo de tempo possível, até em algumas folgas, na Academia de Alcochete para poder ser opção, pelos menos, no dérbi da Taça de Portugal, pouco depois de cumpridas três semanas sobre a lesão que o fez chorar - de dor física e sobretudo por falhar a chamada à Seleção Nacional, que se adivinhava, bem como os jogos do Sporting em fase tão importante da temporada. O plantel do Sporting só volta aos treinos esta terça-feira, mas não será de estranhar que Pedro Gonçalves marque já esta segunda-feira presença em Alcochete, precisamente dentro dessa lógica de não perder nem um dia do plano de recuperação que pode antecipar o regresso. Pedro Gonçalves tem-se sentido bem, as melhorias já são notadas. Porém, mais certezas sobre a data exata do regresso à competição só mais para o final desta semana ou início da próxima, já com os jogos com o Benfica no horizonte. O leão faz figas... Mais três no estaleiro à espera de voltar No departamento médico do Sporting, na Academia Cristiano Ronaldo, Pedro Gonçalves tem tido a companhia de mais três companheiros: Antonio Adán, Marcus Edwards e Francisco Trincão. Deste trio, o guarda-redes é o que a mais cuidados obriga, porque a lesão muscular numa coxa é em zona complicada e a recuperação deve prolongar-se até bem perto do final da época, o que coloca em risco não apenas a sua participação mas também para o futuro, uma vez que o espanhol, em final de contrato, está a dois jogos de cumprir 30 esta época, fasquia para a renovação automática do contrato. Menos preocupantes são os casos do inglês e do português, problemas físicos mais ligeiros e a esperança de poderem jogar com o E. Amadora, na sexta-feira. No início de março, Rúben Amorim explicou a lesão de António Adán