O Sporting recebeu, este domingo, a visita de 40 alunos do mestrado desenvolvido pela FIFA em 'Club Management', entre os quais vários altos quadros de clubes e federações e antigos jogadores em transição de carreira, como por exemplo Javier Pastore, Eric Abidal ou o treinador Roberto Di Matteo. O curso contempla visitas a clubes de futebol de vários países, com o objetivo de dar a conhecer novas realidades, formas de trabalho, troca de conhecimento e contatos. A deslocação a Portugal deveu-se à presença dos formandos para assistir ao Thinking Football Summit, conferência promovida pela Liga Portugal. Os convidados fizeram uma visita guiada por alguns dos locais mais emblemáticos do Estádio José Alvalade - relvado e balneários - e tiveram oportunidade de ouvir várias palestras sobre diferentes temas. Francisco Salgado Zenha, vice-presidente Leonino, foi um dos oradores do dia, tendo falado sobre o modelo de negócio adoptado pelo Sporting. «É um orgulho enorme termos aqui o FIFA Club Management e tanta gente ligada ao futebol a fazer um programa com este interesse. Escolherem-nos para fazer esta apresentação e mostrar o que estamos a fazer é a prova de que estamos a fazer as coisas bem e de que somos um bom exemplo para o mundo do futebol. Agora só temos de dar continuidade ao trabalho que tem sido realizado. Tentámos mostrar que o modelo português funciona e é bem trabalhado pelos clubes nacionais. O Sporting, em particular, tem feito isso com base na formação pois esse é e sempre foi o nosso ADN. A nossa missão como clube sempre foi desenvolver talento e jogadores muito novos e continuamos a fazê-lo, numa perspectiva social mas também de negócio porque queremos dar melhores oportunidades aos miúdos formados aqui, tendo como expoente máximo o Cristiano Ronaldo. Além disso, queremos também ter a oportunidade de continuar a gerar negócio e, com isso, continuar a investir e a ser competitivos», salientou o dirigente leonino. Ornella Bellia, diretora de relações e desenvolvimento do futebol profissional da FIFA, deixou rasgados elogios ao trabalho que tem sido realizado pelo Sporting ao longo dos últimos anos e apontou o clube como um exemplo a ter em conta: «É muito importante para todos os que estão aqui, executivos e ex-jogadores, entender o modelo desportivo e de negócios do clube. No final de contas, isto é uma plataforma para aprender com os clubes e o Sporting tem um modelo incrível. Há muito a aprender através do trabalho bem feito e foi por isso que as perguntas não pararam de surgir. Com tanto talento, devem estar orgulhosos.» Já Bruno Levi D’Ancona, diretor executivo do Coritiba, que foi um dos formandos, mostrou-se muito satisfeito com a experiência e admitiu que o objetivo foi absorver o máximo de conhecimento para poder replicar no Brasil: «A Academia do Sporting é uma referência global e essa é uma área que queremos desenvolver bastante no Coritiba. Aqui tivemos bastantes insights e conteúdos que funcionaram como lições que nos vão ajudar a desenvolver a nossa própria Academia. O Coritiba tem as mesmas cores e, por isso, já há um carinho natural para com o Sporting, que é um clube gigante. Já conhecia muito do clube, mas foi muito importante ser tão bem recebido aqui. Deu para aprender bastante com o trabalho sério que estão a fazer e o sucesso que têm tido, foi um prazer estar aqui.» A finalizar, Paulo Noga, coordenador do scouting de formação dos leões, subiu ao palco para explicar o sucesso do emblema de Alvalade nessa área, realçando a importância de o clube estar alinhado entre as diferentes áreas multidisciplinares: «A nossa grande preocupação foi mostrar a confiança que temos no processo que adoptámos e todos os dias alimentamos, de forma que as pessoas levem algo construtivo e que as faça refletir. Tivemos aqui intervenções a vários níveis, o que mostra um claro alinhamento dentro do clube de acordo com a ideologia que temos. Queremos sempre aprender com os outros, mas também partilhar e abrir os braços a quem quer entender um pouco daquilo que fazemos. O Sporting acaba por ser um espaço único porque nem todas as estruturas têm esta abertura e confiança para mostrar o trabalho que fazem às pessoas que as visitam.»