Fazendo lembrar o que sucedeu com o Manchester United na Premier League, quando o clube passou para a mão de donos norte-americanos, em Salzburgo, na Áustria, onde o Benfica joga esta terça-feira com o RB Salzburgo a última jornada da fase de grupos da Champions, há uma história muito parecida. Em 2005, quando surgiu a parceria com a Red Bull e foi alterada parte da identidade do clube austríaco, as cores, os equipamentos, foi construído um novo estádio, mudou-se até o emblema e os objetivos passaram a ser mais audazes, uma boa parte de adeptos descontentes com este rumo desistiu da filiação, saiu e fundou um novo clube: o Áustria Salzburgo, que joga no escalão semelhante à 4.ª divisão portuguesa. É recente, não tem história, mas junta cada vez mais adeptos e promete tornar-se num caso interessante no futebol do país. O Áustria Salzburgo joga no Max Aicher, estádio que fica a sensivelmente 15, 20 minutos do RB Arena, do Salzburgo. A BOLA esteve no Max Aicher, estádio que parece uma pintura dos Alpes, mas nesta altura deserto, sem sinal de vida. A rivalidade entre os dois clubes é grande e até já se defrontaram, em setembro passado, num jogo da 2.º eliminatória da taça austríaca que foi apelidado pelos fãs do Áustria de «dérbi como não há outro» - terminou com a vitória do Salzburgo por 4-0, no campo do Áustria e debaixo de um ambiente efervescente. Porém, o futebol em Salzburgo vive-se com relativa suavidade, como tudo o resto. Não há claques radicais com expressão, pelo que a rivalidade entre o RB Salzburgo e o Áustria Salzburgo (2005) não passa disso mesmo, de uma acesa rivalidade. E, naturalmente, o Benfica ganha para este jogo alguns adeptos na Áustria.
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