Depois de uma carreira internacional de 17 anos, Megan Rapinoe fez esta madrugada o seu último jogo pela seleção dos EUA, num particular com a África do Sul. A jogadora de 38 anos marcou 63 golos em 203 jogos pelos EUA na despedida em Chicago, local simbólico por aí se ter estreado pelas Chicago Stars, tendo vencido os Mundiais de 2015 e 2019 e os Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Defensora da igualdade de salários e condições em comparação com a equipa masculina, Rapinoe é também uma militante pelos direitos LGBTQ, o que lhe granjeou vários conflitos com o antigo presidente Donald Trump, mas também lhe valeu, no ano passado, ter recebido do presidente Joe Biden a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honra civil dos Estados Unidos. Rapinoe tinha anunciado a reforma em julho, antes do Mundial disputado na Nova Zelândia e Austrália, cuja campanha discreta (no grupo de Portugal e depois eliminação nos oitavos de final) mostrou um fim de ciclo na seleção dos EUA. A jogadora vai ainda terminar em outubro a época na Liga dos EUA com o seu clube, o OL Reign. Rapinoe foi titular e acabou por ser substituída aos 54 minutos, saindo depois de um abraço a todas as companheiras e uma vénia. «Há tantos sentimentos. Acho que o que se destaca é o meu orgulho e a minha gratidão. Estou muito grata por ter tido um jogo final e este tipo de capútulo final... A federação fez um trabalho incrível para me fazer sentir muito amada e apreciada esta semana», disse no final da vitória por 2-0 sobre as sul-africanas, em que marcou o canto para o segundo golo.