A jogada tem mais de 30 anos - 34 para ser-se exato -, mas aquilo que pode parecer para alguns ou até uma maioria, pode não ser claro para outros. O autor garante que não fez nada de errado, enquanto em França, provavelmente, ainda há quem proteste. Benfica e Marselha jogam nesta quinta-feira para os quartos de final da Liga Europa, mas o encontro que disputaram em abril de 1990 ficou marcado pelo golo do angolano Vata. Depois de uma derrota por 2-1 em França, os encarnados receberam a mediática - à época - equipa gaulesa na Luz. Há jogadas que ganham nome próprio na história e aquela originada pelo avançado do Benfica ficou para sempre como «a mão de Vata». Mesmo que quem estava no estádio e, mais relevante ainda, o próprio, digam que não viram mão nenhuma. O golo de Vata e o 1-0 colocaram o Benfica na final da Taça dos Campeões Europeus, a qual viria a perder com um golo de Frank Rijkaard, do Milan. Mas a meia-final ficou sempre para o imaginário futebolístico: primeiro pelos relatos de Mozer, que jogava no OM nesse dia e que contou como o médio cénico afetou os franceses, depois e sobretudo por essa peça histórica que dá pelo nome de «mão de Vata». O lance foi bastante polémico e, 34 anos depois, Duarte Gomes analisa-o, num exercício pedagógico e que nos lembra as ferramentas que existem hoje perante o que havia no passado. A análise de Duarte Gomes