Futebol é um jogo coletivo, mas as celebrações dos golos são, quase sempre, individuais. Inventadas pelos próprios e, muitas vezes, com direito a registo. Há quem se benza e quem os dedique apontado ao céu. Há quem coloque a mão no símbolo do clube que representa e quem dê cambalhotas. Aqui ficam algumas das mais célebres comemorações dos tempos modernos. 10. A pantera de GomisO francês Bafetimbi Gomis anunciou o final de carreira em novembro de 2024, mas, para lá dos 361 golos marcados em 802 jogos ao serviço de Saint-Étienne, Troyes, Lyon, Swansea, Marselha, Galatasaray, Al Hilal e Kawasaki Frontale e Seleção de França, celebrizou-se por festejar os seus golos ajoelhando-se e rastejando como uma pantera, forma de homenagem ao seu ídolo de infância, o maliano Salif Keita. 9. A roda de KeaneO irlandês Robbie Keane passou por alguns dos mais icónicos clubes da Europa (Inter, Tottenham, Liverpool ou Celtic) e marcou nada menos de 393 golos. Grande jogador que celebrava os seus golos como se fosse um ginasta, fazendo uma espécie de roda. 8. O anel de RaulRaul Gonzalez, a lenda do Real Madrid (323 golos em 741 jogos), tinha uma forma simples de comemorar cada golo, mas que acabou por ficar como a sua imagem de marca: beijava o anel de casamento. 7. A flecha de CavaniEdinson Cavani apontou 538 golos em 785 jogos ao serviço de Danubio, Palermo, Nápoles, PSG, Manchester United, Valência, Boca Juniors e Seleção do Uruguai. Festejou cada um deles empunhando uma flecha imaginária, explicando que era uma homenagem ao povo nativo do seu país. 6. As dores de Eto'oEm 2014, José Mourinho causou controvérsia quando falou da idade do camaronês Samuel Eto'o: «Ele tem 32 anos, talvez 35, quem sabe?». No jogo seguinte do Chelsea, frente ao Tottenham, quando marcou um golo, Eto’o respondeu de forma brilhante, simulando ser velho e estar cheio de dores. 5. O ‘swing’ de BellamyO galês Craig Bellamy foi acusado, em 2007, de ter atacado John-Arne Riise, seu companheiro no Liverpool, com um taco de golfe durante uma viagem e Portugal. Mais tarde, num Barcelona-Liverpool, ambos marcaram no triunfo por 2-1, com Bellamy a festejar sumulando um swing com um taco de golfe. Os fãs dos reds sorriram, mas Riise achou desrespeitoso. 4. A ‘snifada’ de FowlerApós ter sido constantemente acusado de usar drogas, o inglês Robbie Fowler decidiu resolver a questão após o golo marcado de grande penalidade ao Everton, em 1999. O atacante do Liverpool (183 golos em 371 jogos) rastejou junto à linha de fundo, simulando estar a snifar a linha. Foi suspenso por quatro jogos. 3. A gola de CantonaO francês Eric Cantona marcou em 1996 um golo brilhante pelo Manchester United ao Sunderland e celebrou de forma inesquecível: levantou a gola da camisola, levantou bem o peito e girou lentamente sobre si próprio com ar arrogante, enquanto solicitava aplausos aos adeptos. 2. O beijo Cannigia-MaradonaO argentino Claudio Caniggia marcou três dos quatro golos com quem o Boca Juniors bateu em 1996 (4-1) o River Plate, na Bombonera. Depois, quando foi comemorar com Diego Maradona, beijou-o na boca. A ideia de ambos era questionar Daniel Passarella, que dissera: «Nunca aceitarei um homossexual na minha equipa». 1. O ‘Siiiiiiiim!’ de RonaldoApós ter sido eleito melhor do Mundo em 2014, Cristiano Ronaldo gritou bem forte: «Siiiiiiiiiiiiim!». A partir daí, passou a comemorar quase todos os seus golos correndo para perto do canto do relvado, saltando no ar e, rodando sobre si próprio, gritar «Siiiiiiiiiiiiim!»