Imprensa belga está a dar conta de ataque realizado por terrorista armado com AK-47. Neste vídeo abaixo é possível ouvir os disparos feitos pelo terrorista, que está vestido com colete cor de laranja. De acordo com fontes policiais citadas pela imprensa belga, dois suecos foram mortos, vítimas dos disparos de AK-47, seriam adeptos a caminho do estádio, uma vez que estavam com camisolas da seleção sueca. Circulam informações de que um dos atiradores terá afirmado ser membro do ISIS e querer vingar o povo muçulmano. Recorde-se que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está desde esta segunda-feira em Bruxelas a convite da família real belga. Segundo relatou Marcelo Rebelo de Sousa à RTP, a partir de Bruxelas, as autoridades belgas impediram-no de ir assistir ao jogo da Seleção Nacional na Bósnia na companhia de emigrantes portugueses, por questões de segurança. O atirador ainda estará em fuga e as autoridades policiais belgas continuam a reforçar o contigente no local e encetaram uma caça ao homem. Este será filmagem do atirador, em fuga numa 'scooter'. O atirador terá gravado mensagem nas redes sociais, de cara destapada, explicando as motivações. Partilhou vídeo no Facebook em que diz ter morto «três suecos». Diz que é «um combatente de Alá» e que agiu em nome do Estado Islâmico. «Vivemos e morremos pela nossa fé». Já terá sido encontrada uma terceira vítima do atirador, que também será adepto sueco O Bélgica-Suécia foi entretanto suspenso por motivos de segurança. O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, já veio a público expressar as suas condolências aos familiares das vítimas e também ao homólogo da Suécia. «Estou a acompanhar os desenvolvimentos em conjunto com os ministros da Justiça e Assuntos Internos no Centro Nacional de Crise. Estamos a monitorizar a situação e gostaríamos de pedir aos habitantes de Bruxelas que estejam vigilantes», pediu De Croo numa publicação na rede social X. As autoridades belgas já elevaram para o nível 4 o grau de ameaça em Bruxelas, o mais alto. O presidente da Federação Sueca de Futebol já prestou declarações no estádio Rei Balduíno e confirmou que os jogadores suecos não quiseram jogar a segunda parte do duelo com a Bélgica. «Ouvimos dizer que suecos foram assassinados. Nós realmente não sabemos o que aconteceu. Não sabemos se os autores foram presos. Os jogadores decidiram não jogar mais. Há 700 suecos aqui, eles devem estar seguros. A polícia disse que este estádio é o mais seguro. Ninguém sabe quanto tempo isto vai demorar, isso é compreensível. Os jogadores só foram informados ao intervalo. Desistir foi a melhor solução. Não tenho nenhuma informação sobre quando o jogo pode prosseguir», disse Frederik Reinfeldt. Não se confirma uma terceira vitíma mortal do atirador, mas há um terceiro ferido por disparos, que não corre perigo de vida, de acordo com informações oficiais. Foi entretanto anunciado que os adeptos retidos no estádio Rei Balduíno podem começar a ser evacuados do recinto. Estão a ser retirados em primeiro lugar os adeptos belgas, os adeptos suecos serão depois escoltados pelas forças policiais. No exterior do estádio está um enorme contingente policial. Família real belga em choque A família real belga já reagiu ao ataque que vitimou dois adeptos suecos: «Estamos em choque com o tiroteio que atingiu a nossa capital esta noite. Nossos pensamentos estão, em primeiro lugar, com as vítimas, suas famílias e entes queridos. Apoiamos os serviços de segurança, que estão atualmente a fazer tudo o que podem para localizar o agressor.» O centro nacional de crises da Bélgica já deu mais pormenores sobre o sucedido. Reporta que um homem abriu fogo no cruzamento da Sainteclette com a Nona Avenida, por volta das 19.15 horas desta segunda-feira. Duas pessoas morreram. Uma terceira, um taxista, estaria fora de perigo. Foi declarado estado de emergência pelas 21.13 horas. Na Região de Bruxelas foi acionado o nível de ameaça 4, no resto do país o nível de ameaça é 3. Adianta-se, ainda, que foi gravada mensagem nas redes sociais pelo atirador, que afirmou inspirar-se no Estado Islâmico. «Durante a mensagem, a nacionalidade sueca das vítimas foi citada como possível motivo para o ocorrido. De momento, não há indícios de que o ataque esteja ligado ao conflito israelo-palestino», informa ainda. Refira-se que o site do centro nacional de crise chegou a estar em baixo devido ao elevadíssimo número de acessos ao mesmo. Sabe-se já que o Bélgica-Suécia não será retomado esta terça-feira. A comitiva sueca vai regressar ao seu país ainda esta noite e haverá pouca ou nenhuma vontade dos jogadores suecos em fazer cumprir os regulamentos da UEFA, que dizem que em caso de suspensão de uma partida o tempo em falta deverá ser jogado o mais rapidamente possível. Resta agora saber o que fará o organismo que rege o futebol europeu. A Suécia, recorde-se, já não tinha hipóteses de se apurar para o Europeu, ao passo que a Bélgica estava a lutar pela vitória no grupo. O líder interino da Real Federação Belga de Futebol, Manu Leroy, já veio a público explicar porque não foi cancelado o jogo antes do apito inicial, dado que o ataque ocorreu cerca de trinta minutos antes do pontapé de saída. «Quinze minutos antes do início do jogo recebemos os primeiros relatos sobre algo terrível que teria acontecido. O nosso pessoal de segurança imediatamente entrou em contato com a polícia para determinar uma estratégia e discutir se deveríamos começar a partida. Naquela altura, não havia elementos suficientes para cancelar o jogo e, além do mais, o estádio era o lugar mais seguro para todos os adeptos», justificou.