Luís Suárez anunciou, na madrugada desta terça-feira (hora de Lisboa), que o jogo de sexta-feira frente ao Paraguai, em Montevideu, de apuramento para o Mundial 2026, será o último que fará pela seleção uruguaia. Numa conferência de imprensa em que a emoção tomou conta do discurso, o atual avançado do Inter Miami, dos Estados Unidos, justificou assim a decisão: «É algo que vinha pensando, analisando... É a hora certa: sexta-feira será o meu último [pausa para as lágrimas] jogo pela seleção. Vou jogar com o mesmo entusiasmo como em 2007, quando me estreei.» Para trás ficam 17 anos ao serviço da celeste, pela qual fez 142 jogos e 69 golos, tendo como momentos mais altos as meias-finais do Mundial 2010, na África do Sul, e a conquista da Copa América em 2011. Aos 37 anos e já sem o estatuto de titular absoluto (perdeu-o para Darwin Núñez), Suárez é mais uma das grandes referências do futebol contemporâneo que se despede da respetiva seleção. 2024 está a ser, de resto, marcante nesse sentido, sendo o caso mais mediático o de Ángel Di María, não só por ser um campeão do mundo em título (e vencedor da última Copa América) mas porque há ainda um sentimento de gratidão e perda muito vincados nos adeptos - aliás, a despedida do jogador do Benfica aos argentinos está marcada para a madrugada de sexta-feira (hora de Lisboa) no Monumental, em Buenos Aires, no encontro frente ao Chile, de apuramento para o Campeonato do Mundo no continente americano. Para a história ficará também o adeus de dois vultos da seleção alemã, campeões do mundo em 2014 (vencendo na final a Argentina de Di María): Muller e Neuer decidiram dar lugar a outros e concentrar-se apenas no clube que ambos representam. O guarda-redes despediu-se 124 jogos depois, o avançado deixa um lastro de 131 internacionalizações e 45 golos, focando-se agora nos recordes no Bayern - ainda recentemente se tornou o jogador o jogador com mais partidas efetuadas pelo Bayern: 710, à frente de Sepp Maier. Mais surpreendente, talvez pela idade ainda relativamente jovem, foi o anúncio de Xherdan Shaqiri de deixar a seleção suíça aos 32 anos. Pesou a precocidade, porque afinal foram 14 anos a representar a formação helvética, traduzidos em 125 jogos, 32 golos e presença em sete fases finais de grandes competições (quatro Mundiais e três Europeus). A Europa e em particular a Bélgica também assistiu ao adeus de Jan Vertoghen, após a participação mo Euro 2024. O ex-central do Benfica despediu-se dos diabos vermelhos com o estatuto de mais internacional de sempre dos belgas: 157 jogos. Abre agora caminho aos mais novos, includindo Zeno Debast, ex-colega no Anderlecht e atual jogador do Sporting.