Pode estar a assistir-se ao fim de um regime ditatorial que dura na Síria há quase 54 anos, liderado pela família Assad. De acordo com as agências internacionais, os rebeldes entraram na manhã deste domingo na capital do país, Damasco, o que levou Bashar Al-Assad a deixar o país, no que deve significar a queda do regime. Aliás, alguns líderes mundiais, como Emmanuel Macron, já dão como certo o fim da ditadura de Assad. «O estado bárbaro caiu. Finalmente. Presto homenagem ao povo sírio pela sua coragem e paciência», escreveu o Presidente francês, nas redes sociais. Espera-se agora que a chegada dos rebeldes à capital represente o fim de uma guerra civil que tem vindo a destruir o país há 14 anos. Bashar al-Assad subiu ao poder em 2000, sucedendo ao pai, e chegou a pairar uma esperança de mudança no país, sob o poder de alguém que tinha estudado no ocidente. Porém, aos primeiros sinais de contestação ao regime, o médico de formação não hesitou em aplicar a dureza que tinha marcado os anos de ditadura do pai, o que fez eclodir uma guerra civil que, além de ter provocado milhares de mortes, levou também a um êxodo de refugiados que se viram obrigados a deixar o país. Agora, o regime cai, com os rebeldes a contarem com o apoio da Turquia e de Israel, e o líder sírio, que ao longo dos últimos anos tem vindo a ser acusado de vários crimes contra a humanidade, fugiu do país num avião que durante o voo deixou de aparecer nos radares.