Mundial arranca em Portimão com o 'nosso' Miguel Oliveira - o que precisa de saber

Moto GP Mundial arranca em Portimão com o 'nosso' Miguel Oliveira - o que precisa de saber

MOTO GP22.03.202319:24

É a edição 75 do Campeonato do Mundo de Velocidade, apenas a 1.ª com arranque na Europa desde 2007 (depois, tiros de partida sempre no Circuito de Losail, no Catar). Na época mais longa da competição criada pela Federação Internacional de Motociclismo, mudança no formato da prova, com corridas rápidas (leia-se mais curtas) nas vésperas dos 21 grandes prémios inscritos no calendário. Este fim de semana, pontapé de saída da temporada no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), com a 18.ª edição do G.P. de Portugal, a 4.ª consecutiva no Circuito de Portimão.

Atualmente, no Mundial criado em 1949, quatro categorias: MotoGP, Moto2, Moto3 e MotoE. Na primeira, a mais importante, há português entre a elite do motociclismo de velocidade 2019. Miguel Oliveira, piloto de 28 anos, prepara-se para iniciar a 5.ª época na classe-rainha, 1.ª com a RNF MotoGP, equipa-satélite da Aprilia baseada em Sepang (Malásia). Estreou-se em 2022, com a Yamaha YZR-M1, mas sem resultados relevantes, facto que explica a escolha da RS-GP para atacar 2023.

Oliveira, que tem o espanhol Raúl Fernández (ex-Tech3) como companheiro de equipa, terminou o Mundial de 2022 na 10.ª posição, com 149 pontos, depois da 14.ª em 2021 (94), 9.ª em 2020 (125) e 17.ª em 2019 (33), o ano da estreia no MotoGP. Antes, piloto de Almada nas classes de promoção Moto2 (2016-2018 e Moto3/125 cc (2011-2015). A história do português na categoria-rainha é de sucesso, considerando a pouca tradição do nosso País neste desporto, com 5 vitórias, 7 pódios, 1 pole position ou 2 voltas mais rápidas em 68 grandes prémios!

O Grande Prémio de Portugal estreou-se no Mundial em 1987, com corrida em Jarama, circuito nos arredores da capital espanhola, Madrid, acelerou no Estoril de 2000 a 2012 e regressou ao nosso País em 2019, com o Circuito de Portimão a tornar-se num ponto de passagem obrigatório. Prova-o, por exemplo, este arranque de temporada no AIA. É a edição 18 de uma corrida que tem Valentino Rossi (5) e Honda (13) como recordistas de vitórias e Miguel Oliveira ganhou em 2020 de forma heroica, dominando (quase) de fio a pavio.

A corrida na montanha-russa algarvia com 4,592 km e 15 curvas tem 25 voltas e tiro de partida programado para as 14 horas, depois de Rui Veloso interpretar A Portuguesa e Ralf Schumacher realizar exibição ao volante do FW25, monolugar com que a Williams-BMW ganhou 4 corridas na Fórmula 1 em 2003, 2 com o alemão e 2 com o colombiano Juan Pablo Montoya. Esta máquina com motor V10 de 945 cv detém o recorde da volta mais rápida na história da categoria-rainha do desporto automóvel (fê-lo em 2004, em Monza, com velocidade média acima de 262 km/h).

Na grelha de partida da edição de 2023 do MotoGP, quatro ex-campeões da categoria: Bagnaia (2022), Quartararo (2021), Mir (2020) e Márquez (2013 a 2014 e 2016 a 2019). O primeiro, italiano, representa a Ducati e, recentemente, também no AIA, dominou o programa de testes de pré-temporada, que completou no topo das tabelas de tempos, com 1.37,968 m na volta mais rápida. Oliveira conseguiu o 11.º melhor registo, a 0,616 s. O quarto, espanhol, mantém-se na Honda e é o piloto mais bem-sucedido no ativo – 85 vitórias no Mundial, em todas as categorias, 59 na mais importante. Conhecido pelo cognome de Pecco, o piloto de 26 anos é, portanto, o alvo a abater!