«Não entramos em pânico»

Manchester City «Não entramos em pânico»

INTERNACIONAL30.06.202321:01

A oferta do Man. City, declinada pelo West Ham, de £90 M (cerca de €100 M) pelo médio inglês Declan Rice, e o facto de estar em vias de se comprometer com o vice-campeão inglês o Arsenal – maior concorrente direto do clube de Manchester na corrida à revalidação do título na Premier League na temporada 2022/23, foi vice-campeão, atrás dos ‘citizens' – levou a que o espanhol Ferran Soriano, diretor executivo dos campeões da Europa, tivesse vindo a público esta sexta-feira desdramatizar o desinteresse e desistência na corrida à contratação do centrocampista, incomum num clube que tem aberto os cordões à bolsa e a carteira, quase sem olhar a despesas para garantir os craques desejados.

Tão pouco a importância de Rice no plantel para 2023/24, na planificação geral traçada pelos ‘sky blue’ para continuarem a ganhar na próxima época, ou a quase ilimitada capacidade orçamental alardeada nos últimos para reforçar o plantel são argumentos que chocam, esclareceu Soriano, perentório a recusar ser a capacidade financeira a principal responsável pelo êxito do Man. City.

«Não somos os maiores gastadores da época passada ou dos últimos três ou até cinco anos! Temos uma plataforma, onde sabemos o que fazer, e podemos fazê-lo com tempo e inteligência. Quando não gostamos de um acordo, afastamo-nos, mas não entramos em pânico», afirmou Ferran Soriano, neste dia, em Manchester, citado pelo The Mirror, lembrando a racionalidade e planificação, e a defender não entrar o clube em loucuras a qualquer custo.

Confrontado com o facto de os ‘citizens’ terem sido ‘ultrapassados’ pelo Arsenal na corrida ao médio dos ‘hammers’, a que renunciaram, estando os ‘gunners’ londrinos agora na ‘pole position’ para garantir o centrocampista, após uma proposta ao rival da capital de Inglaterra mais elevada, de £105 M (€115 M) pelo jogador, Ferran Soriano desdramatizou a importância de não conseguirem este ambicionado reforço para o grupo de Guardiola.

«Se olharem para o que fizemos no início deste projeto [em 2016, contratado Pep Guardiola] havia necessidade de muitas mudanças e investimentos, mas não mais do que isso. Se olharmos para o que fizemos nos últimos cinco anos, o nosso nível de investimento em novos jogadores está bem pensado», defendeu o Chief Executive dos ‘citizens’, esta sexta-feira, em Manchester, na cerimónia de apresentação da empresa de cripto-moeda OKX como novos patrocinadores do futebol do clube.

«Quantos treinadores tivemos [no Man. City] nos últimos 10 anos? Dois: Manuel Pellegrini e Pep Guardiola. Quantos diretores de futebol? Um: Txiki Begiristian», foi a estabilidade que Ferran Soriano contrapôs aos jornalistas britânicos como arma decisiva para o sucesso dos tricampeões ingleses e campeões europeus, mais do que capacidade de investimento quase sem limites para reforçar a equipa a cada janela de transferências do mercado.

«Parte do nosso sucesso é sermos consistentes e resilientes, e não entrarmos em pânico quando perdemos [até na corrida a reforços]. Vejo-o no Man. City: quando tomo o pequeno-almoço, na manhã seguinte a dias em que perdemos jogos. É como um funeral, as pessoas ficam, realmente, chateadas», concluiu Ferran Soriano.