Boavista: Jorge Simão diz que equipa «está viva»
Jorge Simão, treinador do Boavista (FOTO: BOAVISTA FC)

Boavista: Jorge Simão diz que equipa «está viva»

NACIONAL26.04.202413:27

Jorge Simão fez a projeção do jogo com o Vitória de Guimarães e confirmou a ausência de Bozeník

Jorge Simão fez esta sexta-feira a antevisão do jogo contra o Vitória de Guimarães, partida da 31.ª jornada agendada para as 20.30 horas de sábado, no D. Afonso Henriques.

Em 13.º lugar, com 30 pontos, dois acima da zona do ‘Play Off’ de Promoção/Despromoção, o Boavista joga mais uma cartada decisiva para a permanência, frente a um adversário em bom momento e que tem ainda a ambição de chegar ao 3.º lugar da Liga.

«O que me vem à cabeça é que estamos vivos. Estamos vivos para a luta. Consigo ter a empatia, a sensibilidade para perceber o quão difícil foi esta época para este grupo de jogadores. O quão difícil tem sido. Aquilo que eu vou entendendo, aquilo que eu vou vendo, aquilo que eu vou percebendo no dia-a-dia é que esta rapaziada está viva. Está viva e pronta para ir à luta. Todos nós temos perfeita consciência do cenário, do contexto que enfrentamos até ao final da época. Cada um destes jogos que se vão suceder até ao final da época vão ser verdadeiras lutas. Porque todas as equipas têm os seus objetivos ainda por confirmar e a margem é vai reduzindo-se», expôs Jorge Simão.

O treinador confirmou que Robert Bozeník está fora do jogo, por causa de uma luxação no ombro esquerdo e explicou qual o enquadramento de Seba Pérez na sua estratégia. O colombiano cumpriu castigo no desafio de estreia do técnico, frente ao Estrela da Amadora, e pode agora ser de novo utilizado. «Temos a situação do Robert [Bozeník], está fora, não há que esconder, está fora. O Seba regressa. Acho o Seba um jogador muito importante na equipa e no próprio clube. Daí o facto também dele ser o primeiro capitão da equipa. Fico contente, por um lado, por tê-lo de volta, fico menos contente por não ter o Robert, mas aquilo que penso em situações como estas é, ok, não pode o Robert, vai avançar outro jogador na posição dele e, portanto, é uma janela de oportunidade que se abre para um outro jogador que tem estado mais escondido e é uma oportunidade para ver um outro jogador em ação», comentou, não deixando margem para dúvidas quanto ao guarda-redes titular, numa fase em que César já está integrado nos trabalhos do plantel: «É o João Gonçalves, o João vai jogar, nem é assunto.»

O treinador dos axadrezados orientou o primeiro treino na quarta-feira passada. Pouco tempo para introduzir as suas ideias numa altura em que a equipa precisa de estabilidade para somar pontos: «Por muita vontade que tenha de querer colocar uma equipa a jogar à minha imagem, acho que o mais importante é perceber o contexto. Entro neste clube para fazer cinco jogos, entro a três dias de um jogo, estou cá esta semana e eu acho que o perigo, na minha cabeça, o perigo é ter a vontade, o ímpeto ou o impulso de querer alterar muita coisa, de querer pôr a equipa a jogar à minha imagem. Acho que isso é um terreno movediço, são areias movediças porque pode ser contraproducente, posso não estar a ajudá-los, a ajudar a equipa. E aí é esse balanço que eu tenho interiormente, na minha cabeça, tenho tentado fazê-lo, onde é que são os pontos que posso tocar sem estragar. E essa, para mim, é a grande questão. Não tenho muito tempo de treino, estamos numa reta final de um campeonato desgastante, como disse, difícil para os jogadores e a grande questão é priorizar os conteúdos onde eu posso tocar, onde eu posso mexer. E eu não posso ter a validade de achar que eu vou ter a equipa a jogar como quero, como a jogar o jogo que tenho na minha cabeça, como eu gostava de jogar.»

O Vitória tem em Jota Silva a sua principal referência no ataque. A única forma de o travar, explica Jorge Simão, é através da força do coletivo da pantera.

«A forma mais eficaz, na minha cabeça, está em jogarmos como equipa, e jogar como equipa significa fazermos as nossas tarefas ofensivas e defensivas todos ligados às missões táticas. Se assim o fizermos, acho que damos menos hipótese de que a individualidade do adversário apareça e possa ser decisiva no jogo. Jogar como equipa. E isto tem a ver com preencher os espaços, sermos rigorosos, objetivamente falando, sermos rigorosos nas nossas missões táticas. Sermos rigorosos naquilo que temos para fazer dentro do campo», sintetizou.