Roberto Martínez justifica mudanças: «Ter jogadores de ataque com responsabilidades defensivas»

Equipa portuguesa apresentou-se com uma vocação quase totalmente ofensiva. O Selecionador Nacional explicou, no final da partida, o que pretendeu com as mudanças. E fez uma análise individual às estreias.

- Gostou da resposta da equipa que teve de assimilar novas ideias?

- Foi uma oportunidade única antes do europeu poder ter vários jogadores de ataque com responsabilidades defensivas. E também criar boa harmonia, estar toda a equipa a trabalhar junta para reagir diante de um adversário que teve sempre 10 jogadores atrás da linha da bola. Gostei muito atitude nossos jogadores, da harmonia que tiveram e do ambiente incrível que se viveu. Houve, claro, alguma frustração nossa com a ausência do primeiro golo, até porque o adversário ia perdendo tempo. Porém, penso que fomos uma equipa sem alegria, apesar do bom trabalho.

- A equipa melhor na segunda? 

- Houve intensidade e intensão. Marca-se o primeiro golo e a partir desse momento o resultado é curto. Mas conseguimos finalizar o jogo com muita informação individual e coletiva. O resultado é curto, mas conseguimos manter a baliza a zero que também era um objetivo.

- Gostava que pudesse individualizar as estreias de Portugal?

- Para o José Sá foi muito especial. Mostrou que estava preparado e naquela que foi a única oportunidade do adversário estava lá. O Totti tem um perfil importante, uma valência física enorme e um pé esquerdo que dá sempre uma boa simetria à equipa. Gostei muito da sua confiança. O João Mário, já o conhecíamos do FC Porto e dos sub-21 e tem qualidade, no controlo e na chegada. Esteve bem, assim como Bruma, muito forte no 1x1, a dar largura. Todos mostraram ter um papel importante. 

- Sente que a equipa teve dificuldade em entender o sistema? Essa foi a razão para a primeira parte menos conseguida?

- Este jogo serviu para testar. Gostei da atitude, da clareza da ideia do jogo passada para a equipa, mas a segunda parte foi melhor, porque a mentalidade foi mais positiva. E faltou alegria aos jogadores. Nesta nossa forma de jogar conta muito. Na segunda parte mostrámos bem os conceitos trabalhados e vi uma conexão e uma ligação coletiva que gostei.