ANTEVISÃO Portugal-Escócia: Quenda pode tornar-se no internacional mais novo de sempre

SELEÇÃO08.09.202408:00

Jovem ala do Sporting pode bater este domingo recorde com mais de 40 anos!

Além de poder valer mais três pontos na corrida de Portugal rumo aos quartos de final da Liga das Nações, o duelo deste final de tarde com a Escócia tem tudo para ficar na história do futebol português. Consegui-lo está nas mãos de Roberto Martínez, o técnico que já detém o recorde de mais vitórias consecutivas – as 10 da qualificação para o Euro-2024.

E o que precisa o selecionador de fazer para deixar nova marca na Seleção? É simples: garantida que está a presença do sportinguista Geovany Quenda no banco de suplentes frente aos escoceses, confirmada pelo próprio treinador espanhol, resta, agora, lançá-lo durante o desafio para que um dos mais antigos recordes da equipa das quinas seja batido.

Com efeito, caso vá a jogo no estádio da Luz na 2.ª jornada do grupo A1 da Liga das Nações, Quenda, que ao dia de hoje tem 17 anos, 6 meses e 9 dias passará a deter a distinção de jogador mais jovem de sempre a vestir a camisola da Seleção Nacional, ultrapassando a marca que, até prova em contrário, ainda pertence a Paulo Futre, que a alcançou em 21 de setembro de 1983, ou seja, há quase 41 anos, tinha, então, o talentoso extremo 17 anos, 6 meses e 24 dias.

Futre não foi titular no Portugal-Finlândia, em Alvalade, de qualificação para o Euro-84, o primeiro de sempre da Seleção, mas entrou aos 58 minutos para o lugar de Jaime Pacheco, a tempo de ainda participar na goleada por 5-0. Nesse dia, o jovem batia, por 13 dias, o recorde que antes pertencia ao já falecido Fernando Chalana.

Geovany Quenda, recorde-se, ainda vive na Academia do Sporting, podendo, assim, tornar-se, também, no primeiro residente de sempre a estrear-se por Portugal. Cristiano Ronaldo, que dá nome ao centro de treinos dos leões, foi um dos estreantes do então novíssimo espaço em Alcochete, mas quando vestiu pela primeira vez a camisola da Seleção, a dia 20 de agosto de 2003, já tinha assinado há uma semana pelo Manchester United.

CR7, refira-se, tinha então 18 anos, 6 meses e 15 dias, o que o coloca no 6.º lugar dos mais novos de sempre, atrás dos já mencionados Futre e Chalana e, ainda, de António Simões, do bibota Fernando Gomes e de Humberto Coelho, hoje vice-presidente da FPF; e à frente de Renato Sanches, Rúben Neves, Hugo Leal, Emílio Peixe e Nuno Mendes.

Posto isto, passemos ao jogo desta noite. A Escócia é um adversário que, há muito, muito tempo, não coloca problemas a Portugal. Com efeito, desde março de 1980 que a formação da Grã-Bretanha não consegue derrotar a Seleção Nacional: aconteceu na qualificação para o Euro-80, em Itália, e os portugueses eram batidos por 1-4 na visita a Glasgow.

Desde então, seguiram-se seis jogos, registando-se um 0-0 fora ainda em 1980 e cinco vitórias lusas, a última num particular em outubro de 2018, em Glasgow, de onde Portugal saiu com triunfo por 3-1, fruto dos golos de Hélder Costa, Éder e Bruma. Sublinhe-se que, a atuar em casa, num total de sete confrontos, a Seleção Nacional empatou um (o primeiro, em 1950) e venceu todos os restantes duelos com a Escócia.

Adeptos vão encher as bancadas da Luz (foto Imago)

CASA CHEIA

Ao contrário do que aconteceu na receção à Croácia, duelo no qual estiveram 57.675 espetadores, o Estádio da Luz vai ter casa cheia no jogo entre Portugal e a Escócia, esta noite, em encontro da segunda jornada da Liga das Nações.

Os bilhetes disponibilizados no site da Federação Portuguesa de Futebol já tinham esgotado na manhã de ontem e, à tarde, foram também vendidos todos os ingressos que estavam disponíveis no Continente.

São esperados alguns milhares de adeptos escoceses, como é habitual nas deslocações da sua seleção ao exterior. A equipa ainda se treinou pela manhã no City Stadium, em Glasgow, tendo viajado ao início da tarde para Lisboa.

Na comitiva vem um jogador bem conhecido dos portugueses: Ryan Gauld, hoje com 28 anos, que se estreou pela seleção da Escócia  na quinta-feira, com a Polónia (2-3) e que, recorde-se, quando era conhecido como «mini-Messi» teve passagem fugaz pelo Sporting, antes de vestir a camisola do Farense, entre 2018 e 2021.