Portugal-Escócia: Quenda pode tornar-se no internacional mais novo de sempre
Além de poder valer mais três pontos na corrida de Portugal rumo aos quartos de final da Liga das Nações, o duelo deste final de tarde com a Escócia tem tudo para ficar na história do futebol português. Consegui-lo está nas mãos de Roberto Martínez, o técnico que já detém o recorde de mais vitórias consecutivas – as 10 da qualificação para o Euro-2024.
E o que precisa o selecionador de fazer para deixar nova marca na Seleção? É simples: garantida que está a presença do sportinguista Geovany Quenda no banco de suplentes frente aos escoceses, confirmada pelo próprio treinador espanhol, resta, agora, lançá-lo durante o desafio para que um dos mais antigos recordes da equipa das quinas seja batido.
Com efeito, caso vá a jogo no estádio da Luz na 2.ª jornada do grupo A1 da Liga das Nações, Quenda, que ao dia de hoje tem 17 anos, 6 meses e 9 dias passará a deter a distinção de jogador mais jovem de sempre a vestir a camisola da Seleção Nacional, ultrapassando a marca que, até prova em contrário, ainda pertence a Paulo Futre, que a alcançou em 21 de setembro de 1983, ou seja, há quase 41 anos, tinha, então, o talentoso extremo 17 anos, 6 meses e 24 dias.
Futre não foi titular no Portugal-Finlândia, em Alvalade, de qualificação para o Euro-84, o primeiro de sempre da Seleção, mas entrou aos 58 minutos para o lugar de Jaime Pacheco, a tempo de ainda participar na goleada por 5-0. Nesse dia, o jovem batia, por 13 dias, o recorde que antes pertencia ao já falecido Fernando Chalana.
Geovany Quenda, recorde-se, ainda vive na Academia do Sporting, podendo, assim, tornar-se, também, no primeiro residente de sempre a estrear-se por Portugal. Cristiano Ronaldo, que dá nome ao centro de treinos dos leões, foi um dos estreantes do então novíssimo espaço em Alcochete, mas quando vestiu pela primeira vez a camisola da Seleção, a dia 20 de agosto de 2003, já tinha assinado há uma semana pelo Manchester United.
CR7, refira-se, tinha então 18 anos, 6 meses e 15 dias, o que o coloca no 6.º lugar dos mais novos de sempre, atrás dos já mencionados Futre e Chalana e, ainda, de António Simões, do bibota Fernando Gomes e de Humberto Coelho, hoje vice-presidente da FPF; e à frente de Renato Sanches, Rúben Neves, Hugo Leal, Emílio Peixe e Nuno Mendes.
Posto isto, passemos ao jogo desta noite. A Escócia é um adversário que, há muito, muito tempo, não coloca problemas a Portugal. Com efeito, desde março de 1980 que a formação da Grã-Bretanha não consegue derrotar a Seleção Nacional: aconteceu na qualificação para o Euro-80, em Itália, e os portugueses eram batidos por 1-4 na visita a Glasgow.
Desde então, seguiram-se seis jogos, registando-se um 0-0 fora ainda em 1980 e cinco vitórias lusas, a última num particular em outubro de 2018, em Glasgow, de onde Portugal saiu com triunfo por 3-1, fruto dos golos de Hélder Costa, Éder e Bruma. Sublinhe-se que, a atuar em casa, num total de sete confrontos, a Seleção Nacional empatou um (o primeiro, em 1950) e venceu todos os restantes duelos com a Escócia.
CASA CHEIA
Ao contrário do que aconteceu na receção à Croácia, duelo no qual estiveram 57.675 espetadores, o Estádio da Luz vai ter casa cheia no jogo entre Portugal e a Escócia, esta noite, em encontro da segunda jornada da Liga das Nações.
Os bilhetes disponibilizados no site da Federação Portuguesa de Futebol já tinham esgotado na manhã de ontem e, à tarde, foram também vendidos todos os ingressos que estavam disponíveis no Continente.
São esperados alguns milhares de adeptos escoceses, como é habitual nas deslocações da sua seleção ao exterior. A equipa ainda se treinou pela manhã no City Stadium, em Glasgow, tendo viajado ao início da tarde para Lisboa.
Na comitiva vem um jogador bem conhecido dos portugueses: Ryan Gauld, hoje com 28 anos, que se estreou pela seleção da Escócia na quinta-feira, com a Polónia (2-3) e que, recorde-se, quando era conhecido como «mini-Messi» teve passagem fugaz pelo Sporting, antes de vestir a camisola do Farense, entre 2018 e 2021.