17 outubro 2023, 23:09
Saiba quantos jogadores se estrearam na Seleção A pela 'mão' de Ronaldo
O primeiro foi Ricardo Carvalho em 2003, o último João Neves em 2023
Os primeiros a ficarem de fora foram Ricardo Carvalho e Vieirinha. Seguiram-se, um a um, mais 20 dos 21 vencedores do França-2016. É a primeira vez em que só um campeão está convocado
Os campeões da Europa de 2016 foram caindo um a um. Uns terminaram a carreira, outros não o fizeram, mas afastaram-se da Seleção Nacional, alguns continuam a jogar, mas há muito que não são chamados e a maioria acabou por se vergar à lei mais implacável da vida: ninguém é insubstituível, muito menos eterno.
Bom, talvez não seja bem assim, pois há quem teime em resistir à erosão da idade. Os anos passam (2003 a 2024), entram e saem selecionadores (Luiz Felipe Scolari, Carlos Queiroz, Agostinho Oliveira, Paulo Bento, Fernando Santos, Roberto Martínez), chegam fases de qualificação e fases finais de Europeus (2004, 2008, 2012, 2016, 2020 e 2024), fases de qualificação e fases finais de Mundiais (2006, 2010, 2014, 2018 e 2022), Taças das Confederações (2017), Ligas das Nações (2019, 2021, 2023, 2025) e dezenas de jogos particulares (2003 a 2024) e o homem continua lá: 1 jogo… 100 jogos…200 jogos… 212 jogos. O homem, claro, é Cristiano Ronaldo, o tal que, como diria Camões, se vai da lei da morte libertando, por tudo quanto construiu no futebol mundial nos últimos 20 anos.
Se recuarmos oito anos e nos situarmos nos 23 convocados de Fernando Santos para a fase final do Campeonato da Europa de 2016, encontramos apenas um nome que está agora nos eleitos de Roberto Martínez. Esse nome é, sem qualquer surpresa, o do capitão do Al Nassr. Estava na final de Paris, a 10 de julho de 2016, continua na lista do selecionador nacional para os jogos com Croácia e Escócia para a Liga das Nações, na quinta-feira e no domingo.
Os primeiros campeões da Europa a desaparecerem da lista de convocados, então de Fernando Santos, foram Ricardo Carvalho e Vieirinha. Estiveram no banco na final de Paris, mas não mais jogaram, nem sequer voltaram a ser convocados. Seguiu-se, dois meses depois, Eduardo. Teve o seu último jogo a 1 de setembro de 2016 (5-0 a Gibraltar) e estaria no banco no jogo seguinte, a 6 de setembro, na derrota na Suíça (0-2).
17 outubro 2023, 23:09
O primeiro foi Ricardo Carvalho em 2003, o último João Neves em 2023
A época seguinte, 2017/2018, marcaria também a despedida de Nani e de Eliseu. O primeiro continua, aos 37 anos, a jogar no Estrela da Amadora, o segundo colocou ponto final na carreira em 2018. Nani deixou de ser convocado para a Seleção em 2017, após a Taça das Confederações, frente ao México, ainda com 30 anos. Três meses depois, foi a vez de Eliseu, no Portugal-Suíça (2-0).
A fase final do Mundial-2018, na Rússia, marcou o adeus de três históricos da Seleção: Ricardo Quaresma e Adrien Silva defrontaram o Uruguai (1-2) nos oitavos de final, Bruno Alves ficaria no banco no jogo de Sochi. Nenhum voltou a ser chamado.
Um ano e pouco depois, em novembro de 2019, o mais histórico dos históricos do Euro-2016 foi chamado pela última vez. Éder esteve no banco no Luxemburgo-Portugal (0-2) e não mais seria convocado por Fernando Santos.
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Seguiram-se, a conta gotas, entre 2020 e 2021, mais quatro campeões da Europa: André Gomes em setembro de 2020 (Portugal-Croácia, 4-1), Rafa Silva em setembro de 2021 (Azerbaijão-Portugal, 0-3) e Anthony Lopes em outubro de 2021 (Catar-Portugal, 1-3). Rafa colocaria ponto final na Seleção Nacional em setembro de 2022.
Os dois anos seguintes, 2022 e 2023, definiram o futuro imediato de seis grandes nomes da Seleção e campeões de 2016: José Fonte despediu-se em março de 2022 (Portugal-Turquia, 3-1), João Moutinho em junho de 2022 (Portugal-Chéquia, 2-0), William Carvalho em dezembro de 2022 (Marrocos-Portugal, 1-0), João Mário em março de 2023 (Luxemburgo-Portugal, 0-6), Renato Sanches em junho de 2023 (Islândia-Portugal, 0-1), Raphael Guerreiro em novembro de 2023 (Portugal-Islândia, 2-0). João Mário colocou ponto final na Seleção Nacional em maio de 2023, enquanto Renato Sanches, Raphael Guerreiro, William Carvalho e, de algum modo, João Moutinho e José Fonte continuam disponíveis.
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Por fim, os quatro campeões da Europa que ainda estiveram na fase final do último Campeonato da Europa, em 2024, na Alemanha: Ronaldo, Pepe, Rui Patrício e Danilo. Os dois primeiros jogaram nos oitavos de final (França, 0-0, 3-5 em grandes penalidades), os dois últimos estiveram no banco de Roberto Martínez, mas sem entrarem. Rui Patrício jogou pela última vez em março de 2024 (Portugal-Suécia, 5-2) e Danilo em junho de 2024 (Geórgia-Portugal, 2-0). Pepe terminou agora a carreira, Rui Patrício e Danilo estavam sem jogar, apesar de terem agora clubes (Atalanta e Al Ittihad, respetivamente). Martínez, claro, não os chamou agora.
Entre oficiais e particulares, Portugal disputou 103 jogos após a final do Euro-2016. Cristiano Ronaldo esteve em 79. Quase 77 por cento. Só mais 16 jogadores portugueses ultrapassaram, em toda a carreira, os 79 jogos de CR7 após o França-2016: João Moutinho, Pepe, Figo, Nani, Fernando Couto, Rui Patrício, Bruno Alves, Rui Costa, Bernardo Silva, Ricardo Carvalho, Pauleta, Simão, João Vieira Pinto, Ricardo Quaresma, William Carvalho e Vítor Baía. É obra.