«O sonho que temos é fazer o melhor possível na fase final»

«O sonho que temos é fazer o melhor possível na fase final»

SELEÇÃO16.10.202322:33

Roberto Martínez projetou o Europeu do próximo ano, mas lembra que são precisos mais jogos para afinar a máquina lusa. «Hoje, quem estivesse perante Portugal iria sofrer», garantiu

O selecionador Roberto Martínez foi questionado pela imprensa bósnia na conferência pós-jogo sobre os objetivos da Seleção Nacional no Euro-2024, projetando o futuro.

«O sonho que tempos é fazer o melhor possível na fase final, queremos estar prontos e para isso teremos de fazer mais jogos oficiais», atirou Martínez, relevando a evolução do jogo de Portugal entre o jogo com a Eslováquia e o deste domingo.

«Quando tivemos o jogo com a Eslováquia gostámos muito da primeira parte, não do desempenho da segunda. Era importante começar bem, começar com disciplina tática, e depois poder fazer o que não fizemos na segunda parte com a Eslováquia, o que fizemos. Gostei muito da disciplina tática, das ligações no relvado, dos jogadores que entraram. Na segunda parte controlámos o jogo e não demos possibilidade à Bósnia de marcar. Manter baliza a zero foi importante e marcar cinco golos foi muito bom», analisou.

Com Ronaldo a titular, viu-se dinâmica ofensiva muito boa, mas, a partir do banco, Roberto Martínez viu enorme clareza nos processos coletivos, o que ajudou a tirar o melhor de cada jogador a nível individual.

«Acho que no futebol internacional precisamos de sincronização, de jogos onde podemos jogar com clareza, e é isso, clarez. A claridade que tivemos permite-nos jogar como equipa, a direção do jogo é clara, a qualidade individual sai com mais claridade, bem como o comportamento de tentar fazer o que a equipa precisa. Temos boa ligação nos atacantes, o Cristiano tem experiência máxima e temos de utilizar isso, agora temos a claridade do que é preciso fazer para sacar o melhor de cada jogador na estrutura da equipa», avaliou a seguir.

Foi, depois, colocado perante as duas dezenas de jogadores presentes em todas as convocatórias, o que deixa pouco espaço para novas entradas. Mas é possível e João Neves é a prova disso.

«No futebol, as lesões, os momentos de forma... há muitas situações [que podem mudar os planos]. Vi o João Neves jogar nos sub-19 a primeira vez, depois ele teve caminho claro: o Europeu de sub-21, o desempenho pelo Benfica, que foi mais rápido do que esperávamos. A minha responsabilidade é olhar e procurar o talento e formar a melhor equipa possível, hoje vimos Danilo, vimos Otávio, é um equilíbrio entre manter a continuidade e trazer o talento que aporta aspetos diferentes à equipa», explicou.

Deu conta, de resto, que a goleada de hoje não aconteceu por o adversário ser a Bósnia. 

«Hoje não tinha a ver com a Bósnia, quem estivesse perante Portugal iria sofrer, encontrámos espaços, decidimos bem, foi jogo impressionante e a qualidade dos jogadores brilhou… a forma como jogámos na primeira parte era muito difícil para qualquer adversário», assentou.