Martínez e um Espanha-Portugal na decisão do Euro-2024: «Uma final assina-se a qualquer preço»

Selecionador fala do momento de Portugal e partilha um pouco da vida familiar

O Selecionador Nacional Roberto Martínez deseja que Portugal mantenha o nível exibicional da fase de qualificação, em que ganhou todos os jogos, no Europeu que se disputa no próximo ano na Alemanha.

Em entrevista ao jornal Marca, publicada este sábado, o treinador espanhol disse que há ainda trabalho a fazer e falou em vários aspetos que é preciso saber controlar. 

«Bom, que possamos continuar o que mostrámos nos últimos dez jogos. No futebol é muito importante não enlouquecer e saber chegar à melhor versão. Ninguém sabe como ganhar um torneio. O que há a saber é como tentar vencer o primeiro jogo, o segundo, o terceiro, seguir em frente e depois ter capacidade para esperar o inesperado, enfrentar as adversidades com visão de grupo, aproveitar a experiência dos jogadores. Tudo isso é um processo que tenho visto crescer muito na nossa equipa, mas ainda temos um caminho a percorrer. Nunca estivemos em desvantagem num jogo, há muitas situações que ainda temos de viver e para isso podemos aproveitar as datas de março e os dois amigáveis ​​antes do Europeu para nos prepararmos. Mas a aspiração é tentar ganhar o Euro, se ganhamos ou não…», explicou.

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Assinaria por baixo uma final Espanha-Portugal na Alemanha? «Claro. Uma final assina-se a qualquer preço. Creio que seria bom e especial por muitos motivos. E ao final... que ganhe o melhor»

«No desporto há aspetos que não podem ser controlados - as decisões dos árbitros, os momentos específicos, o adversário, às vezes o acaso também, a qualidade individual de um jogador que consegue criar um momento de magia... Isso é futebol, um desporto com marcador baixo e às vezes a melhor equipa não vence. Portanto há muitos aspetos que não podem ser controlados diretamente, mas o compromisso desta Seleção é controlar tudo o que pode ser controlado e estar dispostos a tentar entusiasmar os adeptos e dar tudo o que temos», acrescentou.

O treinador partilhou ainda dados curiosos sobre a vida em Portugal, referindo que a mulher, que é escocesa, e as filhas, se sentiram muito bem na adaptação a Portugal: «Em Portugal come-se sempre sopa e depois dois pratos. Agora as minhas filhas também gostam de comer sopa todos os dias. Depois há as sobremesas... É bom poder ter essa experiência. Esta é uma experiência que estamos a gostar muito... mas também é perigosa, porque claro que comemos muito na Península Ibérica. E quando se vem da vida britânica... Mas gostamos muito da gastronomia que temos em Portugal.»