20 junho 2024, 13:51
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Criança que invadiu o relvado em Dortmund para abraçar Ronaldo conta como tudo aconteceu. Um exclusivo A BOLA para Portugal, cortesia do ‘Bild’
Minuto 68 do Turquia-Portugal deste sábado em Dortmund. Na bancada, por trás dos bancos de suplentes, o pequeno Berat, de 10 anos, reúne toda a coragem e toma uma decisão: é agora!
O que se seguiu foi visto por milhões de pessoas em todos o Mundo: Berat, qual velocista, a fintar seguranças e a conseguir cumprir o sonho de chegar perto de Cristiano Ronaldo. Que o recebeu de braços abertos e com um enorme sorriso, afastando os stewards e permitindo que a criança fizesse a selfie de uma vida, antes de disparar novamente numa correria louco, sob os aplausos dos 61.047 adeptos presentes no estádio, antes de ser levado embora.
«Simplesmente realizei o meu sonho. Agora tenho uma foto com Cristiano Ronaldo. Nem acredito que isto está a acontecer...», disse o pequeno invasor em entrevista à publicação alemã Bild, que cedeu a A BOLA as declarações em exclusivo para Portugal.
Berat joga nos sub-11 do KSV Hessen Kassel, o que poderá justificar a excelente forma com que se apresentou… em campo. E o facto de não ter tido medo: «Medo? Porquê? Foi tão bom, só ainda não consegui dormir.»
O jovem explica, entretanto, que a invasão não foi expontânea. Aliás, já tinha confessado aos amigos que iria tentar correr até Cristiano Ronaldo: «Mas nenhum deles acreditou em mim.» Não acreditaram nem eles, nem o pai, que pagara 400 euros por cada um dos quatro bilhetes para a família.
Como conseguiu Berat enganar o pai? «Fácil», diz, com um sorriso: «Disse ao meu pai que ia à casa de banho.»
Quem não queria acreditar no que estava a ver naquele momento era precisamente o pai. «De repente, eu o vi-o na cobertura do banco de suplentes, a saltar para o relvado e a desatar a correr», disse Cetin, o papá de Berat, agradecendo a «benevolência da UEFA», que se limitou a uma advertência ao pequeno.
«A UEFA, provavelmente, fez vista grossa porque ele é muito pequeno», considera Cetin, garantindo que semelhante ato não se repetirá: «Não! Por favor, não! Eu receio que, aí, teríamos de pagar muito dinheiro de multa.»
Terminado o encontro, a família fez-se aos 160 quilómetros de estrada que separam Dortmund de Kassel, a cidade onde vivem e onde a criança joga futebol. Berat não larga o telemóvel. Pudera! Afinal, é lá que está a selfie de uma vida.
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