Destaques de Portugal: Cristiano Ronaldo ainda é real e Bruno é mesmo um sonho
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Destaques de Portugal: Cristiano Ronaldo ainda é real e Bruno é mesmo um sonho

SELEÇÃO16.10.202323:15

Capitão está imparável em frente à baliza: aos 18’ já tinha bisado. Médio do M. United somou também mais um golo e nova assistência e João Neves estreou-se na Seleção A aos 19 anos

Melhor em campo: Cristiano Ronaldo (8)

Fez de penalti (5’) o 126.º golo pela Seleção (203 jogos), o 8.º na qualificação (3.º da marca dos 11 metros). E, depois, o 2-0, 127.º de sempre, 9.º rumo ao Euro-2024, após grande arrancada e passe perfeito de Félix (21’), picando a bola por cima do guarda-redes com classe. Aos 38 anos, ainda espalha classe e coleciona admiração por todo o globo. Seja de adeptos portugueses, seja dos que puxam pelos oponentes, como se viu (e ouviu) na ovação de milhares de bósnios quando saiu aos 65’ e no famoso «siiiiiiuu», entoado em coro quando bisou.

DIOGO COSTA (6) — Foi mais um espectador do jogo. De tal modo que só teve de segurar (tocar) a bola pela primeira vez aos… 45’ e apenas para travar cruzamento de Pjanic. História monótona que se manteve na 2.ª parte. 

DIOGO DALOT (7) — Com espaço para atacar, fê-lo com critério, ajudando aos desequilíbrios, isto sem se desconcentrar a defender. 

RÚBEN DIAS (7) — O trabalho foi reduzido em Zenica, embora tenha estado imponente e seguro a anular os poucos esboços de perigo bósnio. 

GONÇALO INÁCIO (7) — Que grande passe para o 3-0 marcado por Bruno Fernandes! Num duelo com tão pouco trabalho defensivo, acabou esta por ser a maior nota de destaque do central. Mais vezes chamado à ação na segunda parte, nunca falhou. 

JOÃO CANCELO (7) — CR7 pontapeou a atmosfera e a bola sobrou para a zona onde surgia em alta velocidade e a pedir o remate fortíssimo que protagonizou na direção da baliza fazendo os 4-0 aos 31’. Excelente a defender, muito bem a atacar. 

OTÁVIO (8) — Motor do meio-campo português, sempre em movimento, sempre em busca do espaço, sempre antecipando o momento seguinte. Excelente a movimentação e a assistência para o 5-0 (41’). Apagou-se um pouco, como toda a equipa, após o intervalo. 

DANILO (8) — Um gigante a defender e a impedir quaisquer intenções bósnias, um senhor pleno de tranquilidade sempre que chamado a reiniciar o ataque. 

BRUNO FERNANDES (8) — Teve tudo para fazer o 2-0 (18’), mas atirou ao lado. Nada que faça tremer Bruno que, logo depois (25'), compensou o falhanço com um golo monumental: parou de peito e disparou com violência, sem hipóteses. E vão cinco golos na qualificação. E, ao fazer o passe que encontrou Cancelo rumo ao 4-0, soma agora oito assistências. «É um sonho para qualquer treinador», como disse, na véspera, Roberto Martínez. 

RAFAEL LEÃO (6) — Como já acontecera no Dragão com a Eslováquia, em Zenica voltou a estar apagado e longe dos melhores dias. Apareceu a espaços, dando nas vistas somente aos 45+3’ numa arrancada a servir bem João Félix, que rematou mal. Saiu aos 65 minutos. 

JOÃO FÉLIX (8) — Na insistência após passe de Bruno Fernandes, João Félix remata e a bola bate no braço de um defesa: penálti para Portugal, logo aos 3’. Entrada a matar do atacante, a demonstrar que está em grande forma e com velocidade de fazer disparar os radares, como se viu no lance em que serviu CR7 para o 2-0, arrancando, de cabelos ao vento, por ali fora (21’). Depois, foi com classe que fez o 5-0 (41’). Juntou-se ao descanso ativo de toda a equipa na segunda parte. 

DIOGO JOTA (5) — Com o resultado estabelecido em 5-0 e o primeiro lugar do grupo assegurado assistiu-se a natural redução da intensidade de jogo. E Jota é dos que gostam de duelos tensos... Viu-se, por isso, pouco. 

PEDRO NETO (5) — É alvo de elogios constantes de Roberto Martínez, tem estado em bom plano nos Wolves, mas na Seleção ainda está longe de ter o seu espaço garantido. Ainda assim, agitou aqui e ali o ataque, embora sem efeitos práticos. 

VITINHA (5) — Entrou a todo o gás, avançando sempre no sentido da baliza, mas rapidamente se adaptou ao ritmo mais morno do jogo na segunda parte. A goleada não pedia muito mais. 

RÚBEN NEVES (5) — Acerto no passe e frieza de análise, ajudando a tornar mais calma a ponta final do jogo. 

JOÃO NEVES (5) — Noite para mais tarde recordar esta de 16 de outubro de 2023, dia em que, aos 19 anos, se estreou pela Seleção A. Sem medos, pegou logo na bola, o que fez por diversas vezes, pautando o ritmo final.