Danilo, o ‘paizinho’: «É bom ouvir que têm esse respeito por mim» (vídeo)
Danilo Pereira no decorrer de conferência de imprensa da seleção portuguesa de futebol. Foto: Miguel Nunes/ASF.

Danilo, o ‘paizinho’: «É bom ouvir que têm esse respeito por mim» (vídeo)

SELEÇÃO24.03.202418:49

Experiente defesa/médio encara com satisfação as palavras respeitosas de companheiros mais jovens; encara a Eslovénia com foco absoluto e sem facilitismos

Que balanço deste estágio inovador e da rotação promovida? Como avalia os novos nomes da Seleção?

Acho que este novo modelo que foi adotado pelo selecionador foi inovador e algo positivo que todos nós vimos no seio do grupo e estes dias em que tenho estado na seleção tem sido positivo, maior parte dos novos jogadores eu já conhecia, tal como o João Mário, já conhecia o modo como trabalham e a seriedade, nada mudou e acho que é muito positivo para que estes novos jogadores, para que sejam vistos por todos os portugueses e principalmente o selecionador nacional e é uma oportunidade para toda a gente que aqui está poder mostrar-se e desfrutar da seleção.

Após o jogo com a Suécia, que a seleção venceu por 5-2, os jogadores diziam que foi uma boa exibição, mas não queriam ter sofrido aqueles dois golos. Essa exigência reflete o que tem sido passado à equipa?

Primeiramente acho que fizemos um bom jogo contra a Suécia, fizemos coisas muito positivas e, como todos os nossos jogadores disseram, esses dois golos sofridos poderiam ter-se evitado. É a exigência que temos apesar de sermos uma seleção ofensiva, com jogadores refinados tecnicamente e que podem decidir um jogo a qualquer momento, mas também temos a consciência de que quanto menos golos sofrermos, mais perto vamos estar da vitória e acho que é essa a mentalidade que todos nós temos.

Tal como na Seleção, foi também companheiro de clube de Pepe. Pela sua longevidade, é também uma inspiração para vocês, companheiros de equipa nacional?

O Pepe é uma inspiração para todos. Fui colega dele no FC Porto, mas é-o também para todos os que estão aqui na Seleção. É um jogador que está com uma longevidade muito boa, continua a fazer grandes exibições e acho que é um exemplo para qualquer jogador a forma física dele e como aborda qualquer jogo, treino e até fora do campo também, isso só motiva qualquer jogador.

É colega de Nuno Mendes, Vitinha e Gonçalo Ramos no PSG. Como vê o rendimento dos seus colegas no clube?

Tenho visto o desenvolvimento deles e a forma como encaram ambos os momentos, de seleção e de clube, de forma mito agradável. São três jogadores que têm vindo a crescer bastante. O facto de o PSG disputar competições de grande nível ajuda-os a crescer mental e fisicamente.  São jogadores que estão num nível de experiência alto, o Vitinha está mais preparado, mais cimentado no PSG.

O Nuno Mendes, mesmo com a lesão que teve, já é um jogador que está no terceiro ano no clube, então tem experiência apesar de no último ano não ter jogado tanto. É um jogador com uma intensidade muito forte e isso leva a um maior desgaste, mas neste momento está muito bem e demonstra grande nível. O Gonçalo é um jogador que precisa mais dos companheiros porque é ponta de lança, mas faz um bom trabalho e o que lhe é pedido pelo treinador no seu primeiro ano, está a ser muito positivo. Tenho muito orgulho no que os três estão a fazer, pois não é fácil.

Vitinha disse recentemente que o Danilo é como um paizinho para ele, o Gonçalo Ramos e o Nuno Mendes no PSG. Também se sente assim aqui?

Essa é uma expressão engraçada porque no meio dos três, eu é que tenho de pôr ordem naquilo, não é (risos)? Mas é bom ouvir que eles têm esse respeito por mim, um respeito saudável, e tento ajudá-los da melhor maneira possível. Já estou no PSG há mais tempo que eles, conheço bem o contexto e tento ajudá-los na integração e o conselho que dou aos mais novos é que continuem a trabalhar, se estão na seleção é porque é por algum motivo e têm qualidade para isso.

Está preparado para jogar sem Mbappé no PSG?

Tenho de estar preparado! Se ele não estiver connosco, tenho de estar. É um jogador fundamental para nós, mas a vida é assim, há jogadores que vão e vêm e temos de adaptar-nos a isso.

Como analisa a Eslovénia, próximo adversário? É perigoso pensar numa Eslovénia que seja Oblak e mais dez?

Sabemos que existem sempre essas comparações. Como não é um nome sonante ou uma seleção sonante a nível europeu como a Espanha ou a França, as pessoas têm sempre a tendência de julgar dessa forma, mas não vejo nesse sentido. É sabido que a Eslovénia tem uma boa seleção, dois pontas de lança que jogam muito bem, tanto na profundidade como com a bola no pé e é uma seleção que joga muito compacta, sabemos que não vai ser um jogo fácil, vamos jogar no terreno deles e nunca é fácil.