A Amnistia Internacional denunciou, esta quinta-feira, em comunicado, que vários adeptos que receberam uma t-shirt em prol dos direitos humanos antes do particular entre Portugal e Nigéria, no Estádio José de Alvalade (4-0), foram impedidos de entrar no recinto dos leões com as mesmas vestidas.
«Foi com tristeza e pesar que a Amnistia Internacional Portugal viu ser restringida uma ação de solidariedade para com os trabalhadores migrantes no Catar pelos seguranças no Estádio José de Alvalade», pode ler-se na nota oficial da organização em Portugal.
«As cerca de 1000 t-shirts que se assemelham aos coletes de trabalhadores da construção civil, da Equipa Esquecida, os migrantes que morreram, sofreram lesões e abusos de direitos humanos nos preparativos do Mundial-2022, foram entregues antes do Portugal-Nigéria, particular de preparação para o Mundial-2022», assinalou, ainda a Amnistia, ressalvando que «vários adeptos denunciaram os seguranças, que os obrigavam a tirar e a entregar-lhes as camisolas».
Uma fonte oficial da Federação Portuguesa de Futebol fez um esclarecimento ao nosso jornal sobre este tema. «Uma vez que a organização do jogo - que é da UEFA - não foi informada da iniciativa, as primeiras camisolas a chegar às portas provocaram surpresa e foram interpretadas como mensagem política. Assim que foi percetível do que se tratava as camisolas entraram sem qualquer problema», explicou fonte da FPF, acrescentando que das 1000 camisolas só não terão entrado 35.