Parece uma frase feita e é mesmo: por vezes é na adversidade que se encontra o caminho da felicidade; aquela derrota dolorosa do FC Porto contra o Bodo/Glimt foi um bom despertador. 'Estádio do Bolhão' é o espaço de opinião semanal do jornalista Pascoal Sousa
Desde que perdeu contra o Bodo/Glimt, o FC Porto somou um ciclo de sete vitórias em oito jogos. Houve o empate amargo frente ao Man. United, com golo de Maguire aos 90+1, mas longe de constituir resultado tão impactante como o da Noruega.
Talvez mais para a frente se valorize o efeito balde de gelo que esse jogo em Bodo teve na definição da estratégia de Vítor Bruno e na triagem que começou a ser feita a partir de outro ciclo, que começou com o Sintrense, na Taça de Portugal: cinco jogos, zero golos sofridos e 16 marcados. Djaló no eixo, Martim Fernandes a crescer para João Mário, Fábio Vieira progressivamente a ganhar o espaço no onze e, ultimamente, Pepê a jogar na sua posição de raiz, a extremo esquerdo, com Namaso a 10.
Dragões vão passando com distinção ciclo que começou na Amadora, frente ao Sintrense. Samu, Djaló, Pepê e Martim Fernandes entre as figuras azuis e brancas das últimas semanas. Seguem-se duas deslocações de alto risco
Após quebrar o enguiço na Liga Europa contra o Hoffenheim, com um resultado melhor do que a exibição, o compromisso com a Lazio é fundamental para se perceber como se sairá esta versão bastante melhorada dos dragões no Olímpico de Roma. É fundamental por duas razões: porque o FC Porto tem de pontuar na prova europeia; e porque dispensa ir à Luz com dúvidas na cabeça, por muito feliz que tenha sido em casa do Benfica no passado.
Obviamente, o Benfica também tem um jogo exigente contra o Bayern, no qual não é de todo favorito, mas o que acontece na casa do rival tem um interesse relativo para Vítor Bruno. O que empolga (e nota-se que empolga) o treinador é ver as peças do seu puzzle encaixarem-se numa ideia de jogo que merece ser mais aplaudida do que assobiada, seja pelas viúvas ou não.