Os símbolos da história
Pouco mais de um ano após os dias mais loucos da história do Sporting, os leões conseguem sair da temporada 2018/2019 com dois troféus (no caso Taça da Liga e Taça de Portugal), algo que não acontecia há mais de uma década, no futebol profissional, em Alvalade.
Há muito quem reclame louros sobre o sucesso - alguns com razão - mas os maiores são para a maioria dos sócios sportinguistas, quando souberam mudar o rumo a um clube que caminhava para a descaracterização.
Frederico Varandas chorou na Tribuna de Honra do Estádio Nacional como milhares o fizeram na bancada, numa descarga emocional que também estará relacionada com a forma como tem sido acossado por uma parte dos adeptos, mais concretamente aqueles que entram no estádio com um pacote de sal no bolso e estão sempre dispostos a mandar mais uma pitada para cima da ferida quando ela dá mostras de reabrir.
Nada ganham com isso, a não ser descarregar um sentimento que nada contribui para a evolução daquilo que tanto dizem amar, o clube.
No amor há sempre uma componente de perdão, mesmo quando as ações da pessoa amada não correspondem a todas as nossas expectativas. Caso contrário, ou não se ama quem se julga amar ou o objeto é outro.
Mas uma coisa é garantida: o símbolo do Sporting em 113 anos de história sempre foi um leão, nunca teve uma figura humana.
Há muitos que ficaram na história do clube mas a história nem sempre foi agradável para todos. Principalmente para os que a tentaram reescrever.