1 maio 2024, 10:02
Ayrton Senna: 30 anos do adeus a um imortal
Tricampeão mundial perdeu a vida durante uma corrida de Fórmula 1, onde ninguém acreditava que acontecesse. Memórias de um dia inesquecível
Os eventos que marcam os anos que passam
Aqui há uns anos tinha estabelecido para mim, e partilhado com alguns companheiros do jornal: quando começarem a chegar aí à redação os miúdos nascidos em 2000 – ano em que acabei o curso – é sinal para me reformar. NA minha cabeça seria como um espelho virado para nós, um sublinhar dos primeiros cabelos brancos e dores nas costas, um sinal para regenerar. Há muito tempo que deixei de perguntar a idade aos que entram, apenas o ano em que nasceram, porque está aí o verdadeiro choque.
Dizem o ano e faz-se em mim silêncio a ligar a data a factos, mão na testa. Primeiro os de 1995, depois os de 1998. Não eram nascidos no ano de 1994 em morreu o Kurt Cobain e cheguei à escola em choque para falar da notícia com as amigas, logo a seguir o Ayrton Senna naquele domingo em que não acabei o almoço, nem nunca mais apontei num caderno os tempos de qualificação e corrida da Fórmula 1, como faria mais tarde a ver horas de etapas da Volta a França, em vez de estudar para exames.
1 maio 2024, 10:02
Tricampeão mundial perdeu a vida durante uma corrida de Fórmula 1, onde ninguém acreditava que acontecesse. Memórias de um dia inesquecível
E por fim os de 2000. Eles já chegaram. Para eles o Y2K é história, o 11 de Setembro também mesmo sendo já nascidos. Até do Euro-2004 só têm memórias difusas de bandeiras nacionais às janelas. Sofreram pouco naquele jogo com a Grécia que daqui a nada faz 20 anos, vá lá.
Por acaso ainda cá estou, mas mais calma. Eles andam aí e trazem frescura, novos interesses, ensinam-nos a ver o TikTok e o Reddit. Mas se calhar nunca viram um Rambo, também ele história do cinema. É giro falar sobre o que é história para eles e memória para mim, como esta semana aconteceu com o ‘Vítor do Poste’, um dos cromos do incrível programa Liga dos Últimos, no final dos anos 2000.
A vigência de Pinto da Costa na presidência do FC Porto tem praticamente a minha idade. A sua saída do comando dos dragões vai ser memória comum. Também as conferências de Rúben Amorim, com todos a torcermos para que volte atrás na intenção de passar a ser um chato. Quem sabe o que estarão daqui a uns anos a pensar dos nascidos em 2025 a chegar a uma redação em que serão eles os veteranos…
1 maio 2024, 23:41
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