Opinião Meias-finais trocadas
Alemanha e Espanha dariam dois bons semifinalistas, França e Portugal nem por isso
Quem teve a felicidade de ver o Espanha-Alemanha, perto do final da tarde de sexta-feira, deu o tempo por bem empregue.
Quem quis seguir a magia do Europeu e viu o Portugal-França terá chegado ao intervalo a pensar a que horas iam bater os penáltis. Assim como assim metia-se a hora de jantar, abria-se um buraco no estômago, se calhar dava tempo para encomendar qualquer coisa, ou ir ao restaurante ali perto até haver alguma coisa de interessante no jogo.
Estava na cara que o interesse estaria no desempate por pontapés da marca de penálti, como se diz tecnicamente. Ainda bem que pudemos utilizar aqui algo relacionado com técnica, porque o que se viu em 120 longos e penosos minutos em Hamburgo foi um enjoo de tática que nos perseguirá até ao final dos nossos dias.
Portugal perdeu por uma bola no poste. Podia ter ganho. Cá para mim passavam a Espanha e a Alemanha. Esta derrota com a França não entra, definitivamente, na galeria das outras.
De chorar por mais
Jogaço nas meias-finais de ontem entre as duas melhores equipas deste Europeu. Disputado até ao último minuto. Isto é futebol.
No ponto
A exibição superlativa de Nuno Mendes podia ter tido um corolário de sonho naquela última tentativa de chegar ao golo. Foi pena.
Insosso
Toni Kroos merece quase todos os elogios. Mas não merecia ter terminado o jogo frente a Espanha, tantas as faltas que cometeu.
Incomestível
Vamos continuar a fingir que está tudo bem no ciclismo quando pessoas dizem em tribunal que o doping «é transversal»?