A BOLA DE BERLIM Justiça alemã
Menos de uma semana depois da eliminação portuguesa do Euro, João Palhinha voltou à Alemanha para confirmar, por fim, a transferência para o Bayern. Um justo regresso para o médio, que em setembro de 2023 já tinha estado em Munique, inclusivamente a tirar fotografias de apresentação, e depois deixou a cidade cabisbaixo, fracassado o acordo entre clubes. Sendo certo que o Fulham não estava obrigado a vender, foi natural a desilusão de Palhinha, que, ainda assim, continuou a dar tudo pelo clube inglês - que o compensou com um novo contrato. Sai agora pela porta grande de Craven Cottage, depois de um Euro em que foi dos melhores de Portugal. Entre o empenho mostrado dentro de campo e a educação fora dele, nomeadamente junto dos adeptos, Palhinha tem mostrado que é um profissional de mão cheia. Provou, ao longo do tempo, que entrega não é sinónimo de falta de jeito, e que os desarmes não são estatísticas menores. Mesmo com um ano de atraso, a transferência para o Bayern é uma espécie de justiça alemã para um jogador que soube sempre que o trabalho seria a melhor técnica para chegar longe.