17 abril 2024, 11:00
Na NBA... E por cá?
Dez clubes esgotaram todos os 41 jogos em casa e no total os pavilhões tiveram lotação de 98 por cento
Quando Lacob comprou os Warriors em 2010 valiam €422 M, agora valem €7,57 mil M
Pela primeira vez nas últimas três épocas os Warriors não foram ao play-off e, mais do que nunca, terá ficado comprovado que a sua dinastia — quatro títulos (2015, 2017, 2018, 2022) em seis Finals (2016, 2019) no espaço de oito anos — terminou. Chegou o momento de renovar ou… começar a definhar.
Além da dúvida se Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green continuarão juntos, há sobretudo a expectativa do que decidirá Joe Lacob, principal acionista dos californianos que nunca se recusou a abrir os cordões à bolsa para ter uma superequipa e também recompensar os que o ajudaram a triunfar. Mas, para conservar o incrível valor dos Warriors, terá de fazer mexidas.
Em 2010 Lacob vendeu a parcela que detinha dos Celtics — é natural da cidade portuária de New Bedford, a 100 km de Boston — para, com um grupo de sócios, comprar Golden State por 450 milhões de dólares (422 milhões de euros). Reergueu um clube que perdia dinheiro todas as épocas e não era campeão há 40 anos, período em que só atingira o play-off em dez ocasiões.
Na altura estava avaliado pela Forbes como o 12.º franchise mais valioso. Há duas temporadas, o que pareceu impossível durante as duas décadas em que Knicks e Lakers se foram revezando na primeira posição do ranking aconteceu: os Warriors surgiram no topo, avaliados em 7 mil milhões de dólares (6,57 mil milhões de euros).
No final de 2023 ainda melhor: 7,7 mil milhões (7,57 mil milhões de euros) e passaram até a ser o segundo clube mais valioso do mundo, depois dos Dallas Cowboys (€9,20 mil milhões), de futebol americano. Pelo meio, Jacob retirou os Warriors de Oakland, para onde se haviam transferido em 1971/72, e levou-os de volta para São Francisco em 2019/20, construindo o moderno Chase Center por 1,4 mil milhões de dólares (€1,31 mil milhões).
17 abril 2024, 11:00
Dez clubes esgotaram todos os 41 jogos em casa e no total os pavilhões tiveram lotação de 98 por cento
Desde dezembro de 2012, quando ainda estavam na Oracle Arena, do outro lado da baía, esgotam todos os encontros em casa: 512(!) jogos. E isto apesar de terem os bilhetes mais onerosos: o mais barato é 72 dólares (68 euros) e o preço médio ronda 620 (582). A lista de espera para ter cativo anual tem mais de 10 mil pessoas e um cativo num bom lugar, sem ser junto ao court, custa 35 mil e 500 euros por temporada.
Os luxuosos camarotes têm normalmente contratos por dez anos e os patrocinadores, 35 empresas, pagam cerca de €939 mil por época com vínculos de cerca de nove anos. Não ter ido ao play-off significou perda de receitas que podiam atingir 130/140 milhões de dólares (€122/131 milhões). Tudo numa temporada em que terão de pagar à NBA um taxa de luxo de 483(!) milhões de dólares (€453 milhões) por ter o plantel mais caro e ultrapassar em muito o teto salarial de 128 milhões de euros.
Ao contrário de alguns patrões da Liga, Joe Lacob já mostrou que não se importa de gastar, mas também é o homem que, em 2012, durante a cerimónia do retirar da camisola n.º 17 de Chris Mullin, foi apupado pelos fãs porque começara a mexer na estrutura da equipa, trocando jogadores amados como Monta Elis. Prometeu no meio do court que faria dos Warriors um clube campeão e os apupos aumentaram e riram-se dele. Joe, chegou o momento de voltar a ser apupado…