Jeremias

OPINIÃO05.07.201904:00

O nome é de origem hebraica e significa algo parecido como exaltação do senhor. Em francês escreve-se Jérémy, como o de Mathieu, o homem que constitui uma boa notícia para o Sporting pela sua continuidade, em virtude de o sucesso precisar sempre de alicerces fortes e fiáveis e o ex-jogador do Barcelona, Valência, Toulouse e Sochaux tanto é uma coisa como a outra.

Em inglês Jeremias é Jeremy. O nome ficou imortalizado numa canção icónica dos Pearl Jam no início da década de 90 do século passado. O letrista foi Eddie Vedder que escreveu a canção após ter lido uma notícia de jornal sobre um suicídio de um jovem em plena sala de liceu.
Em inúmeras entrevistas, explicou que a mensagem é simples - a maior das coragens não é desistir da vida porque no mundo nada muda, mas mas sim vivê-la perante todas as contrariedades que lhe são colocadas.

Esta analogia relaciona-se com o Sporting e com a sua intensa e imensa tendência para a autofagia mas que a sua massa adepta tirou sempre do precipício, do beiral da varanda ou cortou a corda quando ela estava ao pescoço.

A última referência ao nome é para uma música portuguesa do genial Jorge Palma : Jeremias, o fora da lei. A mesma lei expressa em mais um quilométrico post de Bruno de Carvalho no Facebook - e podia lá ter sido noutro lado ... - mas que esqueceu quando, ao contrário do personagem da canção, decidiu alterar a Constituição, no caso os Estatutos do Sporting, e criou órgãos que só estavam previstos na sua cabeça e na dos seus pares.

Mas, voltando ao princípio, ao profeta Jeremias é atribuída a autoria do Livro das Lamentações. Esse, em Alvalade, está cheio. Terá de se escrever outro.