Ioannidis vs Gyokeres vs Pavlidis
Seja qual for o preço que o Sporting venha a pagar pelo internacional grego, haverá sempre um olhar para outros jogadores
Viktor Gyokeres está de volta no Sporting. Aquilo que parecia certo no decorrer da época passada deixou de o ser, o sueco continua (o fecho do mercado está longe para se ter garantias) e, até ver, essa é a melhor notícia de pré-época para o universo leonino. Há outra, provavelmente, pela qual os adeptos suspiram: a contratação de Fotis Ioannidis.
Nem tanto pelo conhecimento do avançado internacional grego, mas mais, diria, pela insistência na contratação do ponta de lança do Panathinaikos e, outro ponto igualmente relevante, porque a essa insistência está associada uma equipa que, na época passada, também foi perseverante na busca do seu alvo. No fundo, os adeptos confiarão que aquilo que o Sporting fez com Gyokeres resultará com Fotis Ioannidis, quer no desfecho do negócio, quer na qualidade e rendimento.
A gestão de expectativas é sempre difícil no desporto. Faz-se fé no passado para achar que o futuro será idêntico, seja isso bom ou não. O mesmo se pode passar com Fotis Ioannidis. Seja qual for o preço final que o Sporting possa vir a acordar com o Panathinaikos é impossível escapar ao entusiasmo dos adeptos e às comparações, a começar dentro do próprio plantel.
Ioannidis será sempre olhado pelo preço com Gyokeres. O que talvez seja até injusto com o grego, com o sueco e até para a direção de Frederico Varandas. O Sporting pode estar absolutamente certo na aquisição do internacional helénico, mas se ele custar mais e não render como o sueco, isso cairá em cima da estrutura.
Para além disso, a Portugal chegou um compatriota de Ioannidis, precisamente para o rival Benfica. O exercício é o mesmo relativamente a Gyokeres, mas se o rendimento não se equivaler, neste caso, isso será lembrado por alguns adeptos da casa, mas seguramente reforçado em cada momento pelos rivais.
Seja como for, se chegar a Alvalade, Ioannidis será sempre comparado com ambos - o mesmo é válido para o homem do Benfica, já agora. O fator preço acima de Gyokeres ou Pavlidis pode ser de algum modo inibitório para a gestão, mas o que os adeptos também devem pensar é que esse é, também, o preço a pagar pelo que de bom foi bem feito no verão passado.
Em suma, quem lidera deve perguntar-se: e se corre bem? Quem segue não fazer disso o fim do mundo se não suceder. As últimas épocas leões dão mostras de que, apesar do montante poder ser fora do habitual, o clube está mais preparado para dar a volta. Claro que aí virá outra comparação. Não de jogador para jogador, mas de clube para clube. Ou, para bom entendedor, de um lado da estrada para outro. Há uns poucos anos não seria assim.