Grosseiro
Provou não ter condições para presidir a reunião de condomínio num pequeno prédio
FAZ hoje uma semana que sucedeu o inenarrável numa rara assembleia geral convocada pelos sócios do Benfica. Não bastou a ilegalidade gritante cometida pelo (assim se espera) futuro ex-presidente da mesa de Assembleia Geral do clube ao ter alterado diretamente o Ponto 4 da convocatória em causa. A própria figura decidiu, no início da assembleia passada, recusar um requerimento que sanaria o vício que ele próprio cometeu. Justificação? «Porque não!», assim se ouviu dele. Louve-se os sócios que se mostraram disponíveis para tentar corrigir a asneira provocada por um indivíduo que provou não ter sequer condições para presidir uma reunião de condomínio num pequeno prédio de duas frações autónomas das quais seria ele o único proprietário. O desastre provocado pelo comportamento intencional do gestor do evento culminou com o pedido do voto físico para as próximas eleições pelo futuro presidente da direção e da SAD. Mas note-se que nem este teve direito a terminar a sua palestra ao microfone porque lhe foi cortado. Intencionalmente, pois claro, dado que o seu ar de perdido fizera com que ele próprio tivesse começado a pedir que se votasse o regulamento eleitoral em causa. E que mal faria essa votação? Só o adiamento por 30 dias das eleições do próximo dia 9. E isso não pode acontecer pois há jogos cujos resultados desportivos poderão afetar a imagem de quem vai a votos, entre outros motivos como chover e fazer sol. Curiosa é a sensação com que se ficou de até Rui Costa ter percebido que só tinha a ganhar com a votação do regulamento eleitoral. Contudo, ficou provado que a sua entourage demissionária não dispõe de inteligência suficiente para perceber que terminaria uma noite em cheio. Aí está o mote para saneamento total. Por fim, rola pelos media um alegado acordo sobre a aplicabilidade de um regulamento eleitoral já nas próximas eleições. Mais um ato ilegal e irregular a juntar à lista? É que, para ser utilizado nestas eleições, convém ser aprovado previamente pelos sócios. Who cares?