Eis as notas (de 0 a 10) de A BOLA para este Europeu...
São muitas as falhas identificadas na organização deste Europeu

SEM MUROS Eis as notas (de 0 a 10) de A BOLA para este Europeu...

OPINIÃO01.07.202411:30

A tentativa em avaliar a competição que decorre na Alemanha, em todas as suas vertentes, como se de um jogador de futebol se tratasse. O balanço é negativo

MARIENFELD — Portugal entra hoje numa fase decisiva, com os jogos a eliminar, e entendi, por isso, ser altura para um pequeno balanço. Para tal, como é habitual nas nossas análises individuais (de 0 a 10) nos jogos de futebol, resolvi propor aos meus três companheiros de viagem (João Pimpim, Miguel Nunes e Breno Barison) que notas dariam a tudo o que tem sido este Europeu. Imaginando que estariam a avaliar individualmente um jogador para A BOLA.

Feito esse balanço, não restam dúvidas: negativa. A começar por mim, que não vou além de um 4. Passo a justificar. Talvez tivesse colocado a fasquia demasiado elevada. Na ideia, generalizada, pensamos de imediato… Ora bem, Alemanha, sinal de total eficiência e pontualidade, um respeito às regras, disciplina, discrição e cultura festiva. Em Marienfeld consegui encontrar (quase) tudo isso — à exceção da receção da Seleção, uma vez que as autoridades foram surpreendidas com o número de adeptos presentes — mas quando nos deslocamos para os grandes centros, palcos dos jogos, do ambiente que os rodeia, sentimos saudades de… Portugal, que, por norma, faz tudo em cima do joelho, mas faz bem. E corre bem.

Neste Europeu, desde a falta de casas de banho, barreira linguística dos voluntários ou daquela tentativa de passar ao outro e não ao mesmo, ficou muito por fazer. Pessoas que não reconhecem uma credencial do jogo, para que serve... a ausência de informação nos estádios é gritante. Como nas ruas. Os agentes parecem mais perdidos que um adepto que veio da China. Enfim, falhas irremediáveis. Aqui vão as notas recebidas pela restante equipa:

João Pimpim (4) — Informação fraca (placas, estacionamentos, direções dentro dos estádios). Muitos voluntários e funcionários do Euro não conseguem esclarecer as nossas dúvidas, ora porque não sabem, ora porque têm um inglês básico. Estádios envelhecidos e com condições por vezes precárias.

Miguel Nunes (4) — Há festas de aldeia e festivais infantis com muito melhor organização e produção.

Breno Barison (6) — Fraca divulgação e pouco ambiente nas cidades. Bons jogos, com golos memoráveis e bons nomes em várias seleções. Espero que o mata-mata seja mais animado, principalmente em relação aos adeptos.