Do Minho a Paris

No ténis, Novak Djokovic, voltou a escrever o seu nome na história ao conquistar a medalha de ouro que lhe faltava, completando assim o Grand Slam Dourado - Palavra de Gverreiro é o espaço quinzenal de opinião de Pedro Sousa

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 têm-se revelado, como é tradição, uma extraordinária celebração do Desporto, onde, também o SC Braga, através da nossa Mariana Machado, marca presença.

Entre as conquistas mais relevantes, destacam-se as medalhas de ouro de Simone Biles, que, após superar inúmeros problemas pessoais, em particular depois de, em Tóquio-2020, ter aberto a caixa de pandora sobre os problemas de saúde mental que afectam muitos atletas de elite - tema até aí tabu - voltou a brilhar na ginástica artística, reafirmando de forma fantástica e sublime a sua posição como uma das maiores ginastas e atletas de todos os tempos.

No ténis, Novak Djokovic, voltou a escrever o seu nome na história ao conquistar a medalha de ouro que lhe faltava, completando assim o Grand Slam Dourado (Vencedor dos Quatro Grand Slams - Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Open dos Estados Unidos - e Ouro nos Jogos Olímpicos), até aqui apenas alcançado por Serena Williams, Rafael Nadal, Andre Agassi e Steffi Graf. Esta vitória, além de sublinhar a sua incrível longevidade e dedicação ao ténis, confirma-o, também, como uma verdadeira lenda viva do desporto mundial.

Portugal também não passou despercebido nestes Jogos. A medalha conquistada pela Patrícia Sampaio foi um momento de grande emoção e orgulho para o País. Não dispondo, hoje e aqui, do espaço necessário para uma reflexão mais profunda - que fica prometida -, a verdade é que não podemos deixar de reconhecer que os nosso atletas de elite merecem mais apoio, mais suporte, ancorados numa estratégia ampla de desenvolvimento desportivo que ambicione afirmar Portugal, tal como a Espanha aqui ao lado, como uma potência no desporto internacional.

O futebol português, por sua vez, deu, na última semana, cartas na Europa, com SC Braga e Vitória de Guimarães a vencerem categoricamente os seus jogos.

O desafio Europeu dos clubes do Minho, de grande importância para Portugal no futebol europeu, prossegue já esta semana contra duas equipas helvéticas, o Servette e o Zurique. Se vencerem, como se espera e se deseja, terão pela frente Trabzonspor ou Rapid de Viena (SC Braga) e Botev Plovdiv ou Zrinjski Mostar (Vitória de Guimarães). Se o Vitória poderá ter um play-off simpático, o SC Braga terá, em teoria, maior dificuldade e o cenário até pode ser pior em caso de derrota frente aos helvéticos, já que aí terá pela frente o Chelsea no play-off de acesso à Liga Conferência. Seria uma tarefa de monta para vencer um Chelsea fortíssimo, com um plantel de grande qualidade e desejoso de limpar a imagem das últimas épocas em que terminou a Premier League em 12º. (2022/2023) e 6º. lugar (2023/2024).

Por certo os bracarenses recordam-se do dia 24 de Agosto de 2010, quando em Sevilha, numa tórrida terça-feira, o SC Braga venceu (4-3) o Sevilha e carimbou a primeira presença na Liga dos Campeões.