Corte a ... Direito
DJ Carvalho apelidou adeptos do Sporting como os mais burros da história do futebol
Éreal o trabalho árduo que se exige aos stakeholders do futebol nacional (em particular, aos adeptos) para que sejam criteriosos nas escolhas e tenham um maior cuidado na luta contra o populismo fácil. Exemplo de objetivo: evitar que indivíduos como o ex-presidente da Sporting SAD ingressem num setor como o desporto cuja bandeira é sustentada na promoção e defesa da ética e do fair play. Por estes dias, o DJ Carvalho decidiu distribuir insultos aos sócios e adeptos verdes e brancos, apelidando-os como os mais burros da história do futebol e caracterizando-os como injustos, manipuláveis, desprezíveis e não merecedores de nada. Terminou com um enfático «bando de idiotas e cretinos». Fico preocupado caso Alvalade permita a reintegração de alguém cuja passagem na história desportiva já devia ter sido cremada. E idêntica reflexão deve ser feita quanto ao possível (mas não credível) regresso de Vieira à Luz. Não há lugar para alguém que criticou a existência de democracia a mais na entidade que representou vintena de anos e que considera que ninguém o vai esquecer quando se sentarem nas bancadas do estádio ou até se dirigirem aos WC. Nem um processo disciplinar para amostra contra um associado que profere disparates deste género, nem abertura de um inquérito autónomo ao processo penal de investigação que corre contra este arguido por, alegadamente, ter prejudicado as suas várias ex-entidades. Que falta de interesse do próprio clube em investigar o águia do graveto de forma independente e que devia ser obrigatória com base na gravidade dos factos que lhe são apontados. Percebo (mas não aceito) a postura folgada de Vieira para o mundo pois basta passar os olhos pelos Estatutos, com o seu cunho desde 2010, para perceber a imensidão de lacunas e omissões intencionalmente criadas. Veja-se que até existe dificuldade na aplicação teórica do artigo 28.º e seguintes (infrações e sanções) ao seu caso. Vieira que se dedique à sua defesa na futura intempérie processual e Rui Costa que demonstre o que é que (não) anda a fazer.