Campeão de inverno
Rúben Amorim volta a conquistar a Taça da Liga. Foi uma final bem disputada e em que o Sporting não cometeu erros graves
O Sporting é o campeão de inverno. Numa verdadeira noite de inverno, Rúben Amorim volta a conquistar a Taça da Liga. Foi uma final bem disputada e em que o Sporting não cometeu nenhum erro grave. O Braga lutou e muito. Mas um detalhe - logo um bom golo de Porro! - leva para Alvalade a terceira Taça. A terceira nas últimas quatro edições de uma competição que teve nesta edição um sugestivo e atrativo marketing. Está de parabéns a Liga Portugal. E estão de parabéns Rúben Amorim, Frederico Varandas e o Sporting!
Terminada que está a Taça da Liga, as atenções centram-se nas competições que restam: Liga NOS, Taça de Portugal, Liga dos Campeões e Liga Europa e, nestas duas últimas competições, apenas para Futebol Cube do Porto, Sporting de Braga e Benfica. E olhemos para a equipa do Benfica. Nos próximos trinta dias tem dez jogos, ou seja, joga, de verdade, de três em três dias. Amanhã defronta na Luz o Nacional da Madeira e a 25 de fevereiro vai a Londres confrontar-se com o Arsenal na segunda mão dos dezasseis avos de final da Liga Europa. O que o Benfica sabe é que joga em Lisboa os próximos cinco jogos: na Luz contra Nacional da Madeira, B-SAD, Vitória de Guimarães e Famalicão e logo no primeiro dia de fevereiro em Alvalade face ao Sporting. É uma boa noticia face ao surto de Covid -19 que dolorosamente atinge muitos profissionais do Benfica e, também, Luisão e Presidente Luís Filipe Vieira . E sei bem, por relato direto, que este vírus, e suas variantes, perturba, e por vezes muito, o quotidiano, afeta a saúde do atingidos, suscita consequências inesperadas e limita, por vezes de forma drástica, a habitual qualidade de vida. Tosse, dores de cabeça, cansaço, febre, perda de vontade de comer, de paladar e de olfato são terríveis e para um profissional de desporto a retoma não é imediata. Seferovic disse-o claramente: «Perdi quatro quilos e senti alguma dificuldade no regresso à competição. Precisei de fazer treino intensivo para recuperar a minha forma!» Esta confissão diz tudo acerca deste vírus que exige que confinemos, que tenhamos todo o cuidado, que nos protejamos e que tenhamos consciência da nossa responsabilidade individual face à comunidade em que nos inserimos. E que esperemos pela vacina no tempo certo e que vivamente condenemos os chicos espertos que, uma vez mais, começam a aparecer , se vacinam e se mostram num pacóvio exibicionismo. Cinco jogos em Lisboa permitirão que o Benfica recupere o conjunto dos infetados e lhes permita, em crescendo, o regresso à normalidade. E como benfiquista, mas acima de tudo como cidadão, desejo, acima de tudo, que cada jogador, todos os técnicos e funcionários e, obviamente, Luisão e Luís Filipe Vieira recuperem plenamente e nos continuem a dar o privilégio do contacto pessoal, por ora do abraço distante e, acima de tudo, deste sentimento que é, por excelência, a vida vivida. A mesma que, graças a Deus, me permite, na distância exigida, escutar a voz da Isabel Maria e do Carlos, da Beatriz e do Afonso, da Márcia e do José Maximiano e permitirá, a curto prazo, dar um abraço do tamanho do Mundo ao meu querido Zé Luís. Sim, o meu Benfica vai jogar em Lisboa os próximos cinco jogos e só depois, em fevereiro - já com tudo mais calmo assim o espero -, terá saídas a Moreira de Cónegos, a Londres e a Faro. Que esta limitação de circulação e que a responsável bolha do Seixal permita , nestes dias dolorosos - tantos mortos e tanta angústia nas urgências de tantos hospitais -, que se evidencie que cada um de nós é um ser que não se repete e que a vida, a nossa vida, tem de ser bem protegida e seriamente salvaguardada. E que o futebol, e o desporto, sendo relevantes, são bem acessórios nestes tempos de angústia, neste momentos de ansiedade, nestes instantes de medo. O que importa é a vitória da vida. Aqui é que são, agora, os pontos. Estes é que contam! E o que, também aqui neste espaço, temos de aplaudir é o imenso esforço de todas e todos aqueles - entre tantas e tantos outros, o Joaquim, o Zé Augusto, o Eduardo, o Daniel, o Fernando, a Benedita ou o Tó Rique- que, não podem estar confinados e que lutam, hora a hora, por salvar vidas. Sabemos que «viver é muito perigoso» mas não ignoramos que a vida vivida é um bem precioso e delicioso. Cuidem-se! Protejam-se!
Acredito que, com sentido coletivo de responsabilidade, o confinamento a que estamos sujeitos pode atenuar nos finais de março. Diria que por altura da Páscoa que, este ano, se comemora a 4 de abril. E por isso o Algarve, e em especial Portimão, pode ter um grande abril em termos de competições desportivas, mesmo que sem público. Logo nesse primeiro fim de semana o Autódromo do Algarve - que se consolida como uma relevante infra estrutura desportiva! - receberá a primeira prova do Campeonato do Mundo de resistência (WEC) - e aqui recordando Filipe Albuquerque e António Félix da Costa - e no fim de semana de 16 de abril a terceira prova do Moto GP e com Miguel Oliveira - agora já piloto oficial da KTM - a legitimamente ambicionar repetir a brilhante vitória do ano passado. Só falta, tipo cereja no topo do bolo, que a segunda prova do calendário deste ano da Fórmula 1 se dispute, mesmo no final do mês de abril - de 30 a 2 de maio -, em Portimão e no seu cada vez mais utilizado, conhecido e reconhecido Autódromo Internacional.
Hoje o nosso andebol pode escrever, a partir do Egito e do Mundial, mais uma página de ouro na história da modalidade. Para já fez história ao vencer a Suíça na passada sexta-feira: pela primeira vez quatro vitórias num Campeonato do Mundo. Hoje se vencer a fortíssima seleção francesa chega, de forma direta, aos quartos de final desta competição. Miguel Laranjeiro (Presidente da Federação), Paulo Jorge Pereira (selecionador nacional ) e o jogador, entre todos que vivamente cumprimento e saúdo, Miguel Martins (o que mais me tem impressionado!) merecem parabéns, muitos parabéns. E para o jogo deste final de tarde muitas felicidades aos Heróis do Mar!
Hoje realizam-se eleições presidenciais. Votei pela primeira vez em 1975. Era menor de idade. A maioridade era, na altura, apenas aos vinte e um anos mas, e bem, as consequências politicas do 25 de Abril conferiram o direito ao voto a todas e todos aqueles que já tivessem dezoito anos. Nunca deixei de exercer este direito. Sabendo que é a nossa arma. Dita a arma do povo! Sempre em liberdade. E votei sempre mesmo em dias de forte chuva como, decerto, acontecerá hoje. Em tempos de pandemia o voto continua a ser uma conquista irreversível. Para mim a principal das conquistas!