SEM MUROS A comunicação em grupos de Whatsapp
Acabaram as velhinhas sms, um e-mail mais pessoal, aquele telefonema direto a uma pessoa ou o tempo em que era preciso escrever uma carta (sim… vivi nessa era e sou um jovem de 45 anos). Hoje quase toda a comunicação é passada em grupo. E isso obriga a muitos cuidados...
DORTMUND – Os novos tempos assim obrigam e essa, muito provavelmente, é mesmo uma condição obrigatória em todas as áreas profissionais nos dias que correm: falo das mensagens em grupos de Whatsapp. Acabaram as velhinhas sms, um e-mail mais pessoal, aquele telefonema direto a uma pessoa ou o tempo em que era preciso escrever uma carta (sim… vivi nessa era e sou um jovem de 45 anos).
Hoje quase toda a comunicação é passada em grupo. As palavras chegam a todo o lado e têm como destino uma multidão. Um grupo para aqui, outro para ali. Só para este Europeu são, posso confidenciar, seis! Interligados a outros dois da redação de A BOLA. Mais um criado só para amigos de Lisboa, outro para os de Ourém, das pessoas mais próximas da minha terrinha, juntando-se mais um para aqueles em que o futebol está em segundo plano e mais um para ex-colegas da universidade. Mais três ou quatro para as escolas dos miúdos, dos professores, e outros tantos que se perderam no tempo e nem sei as razões para a qual foram criados. Agora… é só fazer as contas.
Cinco minutos sem sentir o telefone a vibrar ou ouvir aquele irritante som (vou tentando variar…) são umas curtas férias. Tudo se complica quando essas mensagens obrigam a resposta rápida. Às quais vamos tentando responder sem pensar muito, nem que seja um facilitador emoji. E com isso acabam, com facilidade, em destinatários errados. Nestes últimos dias, posso confirmar, já perdi a conta a mensagens extraviadas que se perdem pelo caminho. E se a intenção inicial de tudo isto, da era digital, passava por facilitar a comunicação nem sempre isso acaba por acontecer.
Assim, feito este meu desabafo, aqui ficam as minhas sinceras desculpas (e justificações…) a quem tenha recebido notícias minhas e tenha pensado «ele não anda bem… para andar a mandar mensagens destas...». Está tudo OK. Prometo que daqui para a frente tentarei ter mais cuidado de forma a não responder à minha família que Roberto Martínez tem três jogadores condicionados ou acabar a noite a enviar-lhes vídeos dos adeptos do França-Polónia. Apenas pequenos contratempos onde a rapidez e velocidade fazem a diferença...