Bruno Baltazar deixou o Botev Plovdiv: «Gostava de voltar a Portugal»

Bulgária Bruno Baltazar deixou o Botev Plovdiv: «Gostava de voltar a Portugal»

INTERNACIONAL29.05.202317:17

Apesar de ter mais uma época de contrato (até junho de 2024), o treinador português Bruno Baltazar, e o Botev chegaram a acordo para a rescisão do vínculo do técnico, que assinara pelo clube de Plovdiv (Bulgária) em janeiro, oriundo do Rochester Nova Iorque (EUA).

«Foi uma boa experiência. Atingi os objetivos, a qualificação para o ‘play-off’ da Liga Conferência [do sétimo ao décimo classificados do campeonato], mas a situação estava a ficar insustentável, foi melhor assim para as duas partes. Agora, após quatro anos lá fora, gostava de voltar a Portugal, vamos ver o que o futuro nos reserva depois desta boa experiência», confirmou ontem a A BOLA o treinador nascido em Lisboa há 45 anos, e que já soma no currículo, desde 2011/12 (quando iniciou a carreira, como adjunto no Sintrense) passagens pelo Catar (Al Jaish), seleção das Filipinas (adjunto de Thomas Dooley), Chipre (AEL e Apoel Limassol), EUA (Rochester Nova Iorque), Inglaterra (adjunto de Lamouchi no Nottingham Forest) e agora Bulgária.

«Pouco depois de ter assinado, em janeiro, sem mais reforços, saíram seis dos jogadores do plantel, cinco deles habituais titulares, incluindo o capitão. Fizemos o possível, cumprimos os objetivos, acabámos a época em décimo lugar, foi melhor para as duas partes», resumiu-nos quem também já orientou Casa Pia, Estoril, Sintrense, Olhanense e Atlético.

O magnata russo Anton Zingarevich, também acionista do Reading, é o dono do Botev Plovdiv, que inaugurou o novo estádio diante do Levski, mas vive dias agitados. Também o diretor desportivo, Timur, e o diretor técnico, o bósnio Valentic, que tinham alinhavado toda a planificação com Bruno Baltazar, terminaram igualmente ligação ao clube búlgaro, de onde, com Bruno Baltazar, saem também os restantes elementos da equipa, Guilherme Ramos, Carlos Marques e o preparador-físico, o checo Denis Kavan.

«Não fazia sentido continuar, amo futebol e treinar é o ar que respiro», sintetizou-nos o técnico, «à espera que o telefone toque e aberto a novas propostas, seja onde for», mas sem esconder o desejo de voltar a exercer o ofício em Portugal, onde já passou por quase todos os escalões, e País a que voltou no domingo, concluída a aventura na Bulgária.