António Morgado (Hagens Berman Axeon) tem no sábado, 1 de abril, o primeiro grande teste da época de 2023, na Volta Limburg Classic (categoria 1.1), prova de prestígio nos Países Baixos, com a extensão de 193,4 km, com partida e chegada a Eijsden.
Depois de ter sido o vencedor do Tour de Rhodes (Grécia), o corredor de 19 anos, natural de Salir do Porto, vai integrar um pelotão com 23 equipas, que inclui quatro da categoria ‘WorldTeams’ - Alpecin-Deceuninck, Jumbo-Visma, Team DSM e Intermarché-Circus-Wanty -, a que se juntam, ainda, a Lotto-Dstny, Bingoal-WB, Flandres-Baloise, Q36,5 e Bolton Equities Black Spoke, da categoria ‘ProTeams’.
«Correr com as equipas do World Tour é a realização de um sonho, e será um dia muito importante na minha carreira, que aguardo com grande expetativa. Foi para correr com as grandes equipas que tenho corrido e continuo a trabalhar: para que um dia possa integrar um dessas equipas», disse a A BOLA o corredor da Hagens Herman Axeon já em terras neerlandesas.
Quanto à corrida, na qual terá a companhia de Gonçalo Tavares, foi honesto nas ambições.
«Não estou na melhor forma. Após o Tour de Rhodes, estive engripado e ainda estou a recuperar. Nestes últimos dias, tenho sentido uma ligeira dor no joelho esquerdo, espero que não seja impeditiva para a corrida de sábado. Vou correr com três objetivos: primeiro, aprender, num pelotão de grande qualidade; segundo; ajudar um companheiro de equipa a estar com os da frente; terceiro, e por último, chegar ao final já me deixará bastante satisfeito», disse-nos António Morgado.
«Não faço outros planos, pois o mais importante é mesmo aprender, em provas de grande nível, como é o caso», sublinhou o corredor português.
Sobre o percurso e condições que irá enfrentar, António Morgado sabe o que o espera. «Além da chuva, frio e vento, o percurso é bastante duro, com muitas subidas, que fazem parte da ‘Amstel Gold Race’: para se ter uma ideia, o acumulado de altitude ultrapassa os três mil metros! Não estou a pensar correr para este ou aquele lugar. Serei, antes e apenas, um elemento de trabalho dentro da equipa. No final, faremos o balanço de como tudo aconteceu», sublinhou António Morgado a A BOLA.
A equipa, liderada por Axel Merckx, terá Koos Moerenhout como diretor desportivo, e conta com ciclistas de seis nacionalidades: António Morgado e Gonçalo Tavares (POR), Kasper Andersen (DIN), Jan Christen (SUI), Emil Herzog (ALE), Nino De Jong (NED) e Darren Rafferty (IRL).
A Volta ao Limburg iniciou-se em 1973 e realiza-se habitualmente dois fins de semana antes da ‘Amstel Gold Race’. Até 2011, a prova era denominada Het Van Het Mergelland.
Apesar da ‘Amstel Gold Race’ e Volta ao Limburg serem disputadas por estradas da mesma região, nenhum ciclista conseguiu vencer as duas provas, embora até 1993 a corrida fosse destinada a ciclistas amadores.
Em 1997, a Volta Limburg entrou no calendário UCI, e desde 2012 que a designação oficial passou para Volta Limburg Classic, em homenagem à empresa de energia Limburg, que está associada ao evento, como seu principal patrocinador.
O percurso, que apresenta um acumulado de 3 mil metros em altitude, consiste em três voltas, com cerca de 60 km, desenhadas em redor de Eijsden, com várias subidas. A última delas, no troço de Moerslag, a 19 km da meta.
Entre os principais candidatos à vitória encontram-se Kaden Groves, Oscar Onley, Maxim Van Gils, Milan Menten, Pascal Eenkhoorn, Dries De Bondt, Marco Tizza, Mark Stewart e Rune Herregodts.
A corrida que não se realizou em 2020 e 2021 devido à pandemia, teve como últimos vencedores Arnaud De Lie (2022), Patrick Muller (2019), Jan Tratnik (2018) e Marcos Canola (2017).